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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Educação na China




EDUCAÇÃO CHINESA
(*) Nelson Valente
O povo chinês possui um espírito positivo e prático, despido de qualquer idealismo.
A China parece ter sido o primeiro país a considerar o ensino como função do Estado. Já sob o imperador Yu, foi destinada a manutenção do ensino parte dos fundos comunais. Em 1097 a.C., o imperador Tcheu mandou instalar escolas em todos os seus domínios. No período do antigo império as escolas foram consideradas como estabelecimentos do Estado e o ensino teve caráter acentuadamente político. Daí por diante, ficou livre a iniciativa particular, mas, desde 650, esta sofreu a intervenção do Estado que a regularizou por meio de um complicado sistema de exames. Estas provas constituem a peça central da máquina educativa chinesa, pois era através das mesmas que se realizava a seleção de todos os funcionários e dignitários da China.
Havia três exames de dificuldade crescente que conferiam os graus de "talento florido", "homem promovido" e "completo erudito", ou "apto para o cargo". A aprovação nesses exames proporcionava recompensa sob a forma de adornos para o vestuário, sinais de distinção para a residência, direito a lugar de honra nas festas, isenção de punição corporal etc. As provas dos exames consistiam na redação de trabalhos em prosa e verso sobre temas tirados dos livros clássicos.
A complexidade da escrita chinesa muito contribuiu para dificultar o ensino. Os caracteres gráficos da linguagem chinesa representam idéias e não sons. É uma escrita ideográfica e não fonética como o ocidental. Os caracteres arcaicos só eram ensinados aos letrados, os símbolos ideográficos atingem o número de 25.000.
A Gramática chinesa é de difícil aprendizagem pois, os verbos não possuem tempo, voz e modo e os substantivos não têm gênero, número ou caso. A significação das palavras depende do tom da voz e da sua posição na frase. Há na escrita chinesa 6 tipos de caligrafia: o ornamental, o oficial, o literário, o manual comum, o corrente e o angular. O uso de estilo literário só pode ser aprendido depois de longos anos de rígida e mecânica imitação dos modelos clássicos. A Literatura chinesa é rica e variada sendo constituída de obras históricas, filosóficas, teatrais, poéticas, contos e romances.
A educação chinesa deve ser estudada principalmente pelos ensinamentos negativos que oferece. Tudo o que é condenável em matéria de ensino foi cultivado pelos chineses: abuso excessivo da memória, desprezo pela formação da inteligência e do caráter, desinteresse pelas necessidades reais da vida, passividade do educando. A China foi o país do Antigo Oriente que possui maior número de escolas. Isso não impediu que a sua civilização se cristalizasse em formas rígidas e mumificadas. O que nos mostra que o problema educacional de um povo pode ser considerado do ponto de vista quantitativo. De nada vale abrirem-se muitas escolas, sem que as mesmas se encontrem preparadas para o exercício integral da função educativa. O progresso educacional de um povo não resulta do número de suas escolas, mas sim do valor intelectual e moral dos seus mestres.
A partir do século XX, a educação tradicionalista da China começou a sofrer a influência das idéia educativas do Japão e do Ocidente, iniciada pelas missões cristãs. Em 1911, já se encontrava o ensino chinês completamente transformado, com grande número de escolas do tipo ocidental onde lecionavam professores estrangeiros contratados. Ao mesmo tempo, milhares de estudantes chineses seguiam para a França, Alemanha, Estados Unidos e Japão, a fim de aperfeiçoarem seus estudos.

(*) é professor universitário

19 comentários:

Ludmila Rocha Galhardo N º21 disse...

O que podemos ver é que a educação na China, diferentemente da brasileira, sempre foi valorizada e colocada em 1º plano, sempre foi o principal órgão que o governo preocupou-se em desenvolver, e mesmo assim ainda vemos falhas. Pegar como exemplo a importância que os chineses dão a educação não seria um mal começo para mudar o ensino do nosso país.

Aline Cruz 3º disse...

Gostei da questão em que ressalta que na verdade não é número de escolas que faz de um país o mais preparado na educação, mas sim a capacitação dos profissionais.."mestres" enfim e o compromentimento como um todo...seja professor ou aluno.

Lucas oliveira n° 19 disse...

Na China adota-se o sistema de nove anos de estudo obrigatório.
Até o ano 2000, a taxa de freqüência escolar era de
- 99,1% na escola primária
- 94,3% na escola intermediária (do sétimo ano até o nono ano);
A taxa de abandono de estudo era 0,55% na escola primária e 3,21% na escola intermediária.
Após o nono ano escolar, o índice de continuidade era de 51,2% até o ano 2000. Após os 15 anos, a taxa de analfabetismo era de 6,72%.
Até o final do ano 2000, havia 553.622 escolas primárias e 1.041 faculdades e universidades na China. No ano 2000, havia 10,9 milhões de professores formados e 219,4 milhões de estudantes universitários e alunos em geral.

E EDUCAÇÃO PARA TODOS NA CHINA
UMA PERSPECTIVA OCIDENTAL
"A inclusão é um sinal da nossa prosperidade, civilização e perspectiva científica da investigação".
As campanhas internacionais do início dos nos 80 alertaram as consciências para os direitos das crianças e das pessoas com deficiência. Tiveram lugar na ocasião em que abriam as portas entre a China e o Ocidente. A tarefa da reconstrução da educação após a Revolução Cultural de 1966-76, foi assim iniciada no contexto dum debate e de uma consciência políticas mais vastos. Ao longo dos últimos 12 anos tenho observado algumas das formas como os educadores Chineses tem respondido a estes desafios.
Como consequência da lei de 1986 sobre a educação obrigatória, milhões de crianças e de jovens que eram excluídos do sistema educativo estão agora inscritos nas escolas e os educadores estão a tentar desenvolver cursos adequados para o desenvolvimento dos professores. No entanto, mantêm-se diversas barreiras a uma participação total. Estas barreiras são de ordem geográfica, económica e cultural.
As oportunidades educativas na China, como em todos os outros países, estão dependentes de um conjunto de factores não educativos, tais como as atitudes sociais e as mudanças dos modelos de emprego e de prosperidade. No entanto, as atitudes tradicionais e os compromissos marxistas destinados a fixar os papeis sociais e as identidades colectivas proporcionam um enquadramento muito diferente às recentes tendências para um sistema educativo mais inclusivo. Os valores ocidentais tais como individualismo, autopromoção e a diversidade podem não encontrar equivalência na China.
No entanto, tem havido uma considerável transferencia de crianças e de jovens das instituições assistenciais residenciais e dos lares para escolas especiais e também para escolas regulares. Em alguns casos isto deu lugar a um aumento, em vez duma diminuição, das categorias de deficiências em educação. Na China, as escolas regulares são altamente selectivas e competitivas.As classes t~em muitos alunos. A organização, o pessoal e o tipo de actividades varia muito pouco entre as escolas primárias e as secundárias. Os problemas que uma maior diversidade coloca tendem a ser considerados como inerentes às próprias crianças, em vez de decorrerem do sistema.
Os colegas Chineses traduzem muitas vezes o seu conceito de "educação" como "cultura".
Não tem sido considerado necessário reconhecer as dimensões pessoais e sociais da vida nas instituições educativas. Nas escolas Chineses não se encontram actividades não culturais tais como currículos vocacionais ou religiosos. A ideia de "uma boa escola" é aquela que não exige estruturas de apoio - quer sejam sob a forma de diferenciação curricular quer sob a forma de colaboração entre professores nas salas de aula.
Os professores enfrentam uma série de pressões. São encorajados a desenvolver a criatividade dos alunos, pensamento autónomo e competências na resolução de problemas. . Isto parece indicar um conceito mais alargado de educação. No entanto, os educadores não têm autoridade e experiência para poderem mudar o currículo, a avaliação ou os estilos de ensino.
Apesar disso, a formação inicial e contínua de professores está rapidamente a mudar. O objectivo consiste em aumentar e actualizar o nível das qualificações dos professores primários e do ensino especial.

@Loliveira94

Anônimo disse...

Gostei :D @luhbraz_ segue ai

Amanda Moura nº 04 disse...

A grafia e método de ensino chineses dificulta muito o aprendizado, por isso, mesmo o governo investindo no numero de escolas não é o suficiente para garantir a qualidade do ensino. Com a globalização e o crescimento do país, este deve se adaptar ao modo de ensino ocidental, para facilitar seu próprio acesso perante o mundo.

Anônimo disse...

A China como um país emergente e muito rico, precisa começar a se preocupar com a educação de suas crianças e adolescentes para que no futuro o país cresça cada vez mais e seja uma potência ao lado dos EUA - nº 08

Heitor Lopes n° 15 disse...

O que podemos ver é que a educação na China, diferentemente da brasileira, sempre foi valorizada e colocada em 1º plano, sempre foi o principal órgão que o governo preocupou-se em desenvolver, e mesmo assim ainda vemos falhas. Pegar como exemplo a importância que os chineses dão a educação não seria um mal começo para mudar o ensino do nosso país.

Isabela da Cruz Lima nº 3 disse...

A literatura da China é muito complexa o que dificulta a interação do pais com a restante do mundo, sendo a China uns dos países que mais cresce economicamente deveríam adaptar-se e aderir a lingua inglesa.

Everson disse...

Ola prazer sou o Everson S.L, ref: a educação na china, é um país que nos últimos anos, o governo chinês tem intensificado os investimentos em educação e os efeitos da medida já se fazem sentir no país, hoje em dia,a China lidera o ranking de educação, diferente do Brasil, que enfrenta hoje é só um reflexo de várias políticas de governo fracassadas que investem pouco na capacitação e remuneração de professores além da falta de estrutura nas escolas. Tudo isso desincentiva o aluno, deixando na mão dos professores, muitas vezes mal preparados, milhares de crianças que não respondem o ensino.

Ass: Everson S. L 3º - anchieta

Isabela da Cruz Lima nº 30 disse...

A literatura da China é muito complexa o que dificulta a interação do pais com a restante do mundo, sendo a China uns dos países que mais cresce economicamente deveríam adaptar-se e aderir a lingua inglesa.

Rodrigo Alves nº 25 disse...

Muito bom o texto. O Brasil podia ser a metade da China em questão de educação, tanto na questão de quantidade de escolas como de qualidade de ensino. Mas ter uma literatura igual a Chinesa eu to suave...

Victor Gabriel (bolivia) n°29 disse...

Na china, a educação é vista como 1° plano, por isso o Pais e visto como um dos mais desenvolvidos do planeta, porem sempre assim ira ter problemas. Em relação ao Brasil, a China esta muito a frente, no Brasil a qualidade de estudo não e mesma oferecida na China. pode se considerar um exemplo para muitos paises, assim o Brasil pode se desenvolver mais rapido.

Amanda N° 3 3°U disse...

Um texto bastante crítico porém, é bem realista demonstra que a complexidade de lidar com o ensino é algo mundial, e que apesar dos problemas que todos enfrentam há a possibilidade de uma melhoria. Enfim, achei bem interessante a posição do autor perante tal assunto e na minha opinião é um texto muito bem produzido.

Lucas Braz nº17 disse...

Muito interessante o texto. A china é um ótimo exemplo de educação e o Brasil devia seguir esse exemplo.

Gabriel Silva de Oliveira 3º disse...

A Gramática chinesa é de difícil aprendizagem pois, os verbos não possuem tempo, voz e modo e os substantivos não têm gênero, número ou caso. O grande pensamento da china é a educação, pois possuem muitos profissionais capacitados para o ensino.
@bieel_oliveira ;D

Anônimo disse...

Coisa pra qm não em oq fazer ;)

Lucas Bueno Salles disse...

Lendo este texto, vemos que na China a educação é o principal foco, pois baseada nela é criado o futuro desses alunos, bem diferente do nosso país. Na minha opinião tenho como certeza que no nosso país há muito a ser mudado pois dependemos desses jovens para mudar o futuro do Brasil.

Anônimo disse...

notiesDaniel nº 12 3º ano (segue @dan_smrday)

é concordo, a gramática chinesa é muito complexidade tornando realmente o numero de analfabetos em seu pais muito grande e em busca dessa solução uma novo modificação em seus dicionários deve ser imediata, para o melhor desenvolvimento e aproveitamentos do seus jovens, sendo assim se especializando mais em suas profissões e graduações ao em vez de se prender na aprendizagem da complexa língua chinesa.

Ronaldão 3U disse...

Muito interessante,o texto ressalta a importância não só das escolas como a preocupação com os estudantes,preparar os alunos para o entendimento político e muito inteligente,pois muitos hoje no brasil não sabe absolutamente nada sobre o governo,deveria tomar como exemplo e colocar em primeiro lugar a educação,pois será o futuro do brasil.