A outra face da educação

Colóquio Flácido para Acalentar bovinus....Educação





Quem está aki!!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Governo de Minas reafirma compromisso com profissionais da Educação. Vc Acredita ?




O Governo de Minas reapresentou, no último dia 12 de maio, ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), filiado à Central Única dos Trabalhadores (Cut), a proposta de criar uma comissão para revisão da composição salarial da categoria. Essa mesma proposta já havia sido apresentada ao Sind-UTE em reunião no dia 14 de abril e oficializada por meio de ofício enviado no dia 15 de abril e integra o termo de acordo relativo às reivindicações dos profissionais da rede estadual de educação, que seria assinado com o fim da greve.

Reafirmando seu compromisso com os alunos, professores, pais, responsáveis e com a comunidade escolar, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) presta os seguintes esclarecimentos:

O termo do acordo, que seria assinado com o fim da greve nesta terça-feira (18), previa a formação da comissão, com participação do sindicato, para estudar a modificação dos vencimentos básicos e alteração do padrão remuneratório da carreira da educação, por meio da incorporação de vantagens e benefícios. Atualmente, a composição salarial da categoria é muito complexa e possui 24 gratificações e vantagens.

A comissão teria 30 dias para concluir o trabalho e seria instituída por meio de resolução conjunta da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e da Secretaria de Estado de Educação após a suspensão da greve. O resultado do trabalho seria apresentado através de projeto de lei que seria protocolado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em até 10 dias após o término dos trabalhos da comissão.

O acordo ainda estabelecia que o período de paralisação por motivo de greve não acarretaria conceitos negativos na avaliação de desempenho do servidor, dispensa de servidores designados e efetivados, como também não configuraria abandono de cargo, instauração de processo administrativo ou aplicação de quaisquer outras penalidades aos servidores.

O Governo de Minas reafirma que aumento de 10% concedido ao conjunto dos funcionários e a elevação do piso remuneratório dos professores para R$ 935, para uma jornada de 24 horas, em vigor a partir do dia 1º de maio, representam o que é possível dentro do limite legal estabelecido pela Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LRF). Além disso, a legislação eleitoral impede a concessão de novos reajustes.

Outras informações

A greve dos professores foi considerada ilegal no dia 4 de maio pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A decisão foi confirmada no dia 11 de maio.

Importante ressaltar que a Advocacia Geral da União (AGU), a partir de consulta do Ministério da Educação (MEC), ao interpretar o art. 5º da Lei 11.738/2008 que cria o Piso Salarial Profissional para os profissionais do magistério público da educação básica, definiu que o valor do Piso é de R$ 1.024,67, a partir de 1º de janeiro de 2010, para uma jornada de 40 horas semanais de trabalho.

Em decisão liminar, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu o piso como a remuneração do servidor, incluindo gratificações e vantagens. Baseado nesta decisão, o Governo de Minas reafirma que paga acima do piso.

Na rede estadual de Minas Gerais a jornada de trabalho é de 24 horas semanais e o valor proporcional correspondente para o piso nacional, determinado nos termos da lei, é de R$ 614,80. Esse valor é inferior aos R$ 935 para jornada de 24 horas em vigor.

Além dos reajustes concedidos e a criação da comissão para revisar os salários, o Governo de Minas já atendeu seis reivindicações dos servidores da educação: 1ª - realização de concurso público para preenchimento de cargos na Educação; 2ª - promoção do processo de certificação dos diretores escolares até o final deste ano; 3ª - consulta à comunidade para a indicação de candidatos ao cargo em 2011; 4 ª - fornecimento de uniformes e equipamentos apropriados para os auxiliares de serviços; 5ª - pagamento de rateio aos designados; e 6ª - continuidade no pagamento de adicionais por tempo de serviço e da Vantagem Temporária Incorporável (VTI) dos designados, independentemente do intervalo entre as designações.


A tá!! entendi uai.

SUS DA EDUCACHÃO, LÁ VEM ELES.


A pré-candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira que vai criar o "Sistema Único de Educação" se for eleita. A promessa foi firmada durante sabatina da CNM (Confederação Nacional de Municípios), que acontece em Brasília.

"A Conferência Nacional da Educação propôs um sistema único de educação. Eu acho que é uma saída. Da mesma forma que temos o SUS (Sistema Único de Saúde), vamos ter o Sistema Único da Educação que pense a educação desde a educação infantil até a universidade", afirmou a verde.

Marina também disse que não pretende se candidatar novamente ao Senado. "Não quero ficar mais 24 anos no Senado, porque quando você fica muito tempo no Senado você fica igual a um bonsai (árvore cultivada em vasos). Paradinho, pequenininho, numa mesa. É melhor ser uma relva no campo do que um bonsai no Senado", afirmou.

Perguntada sobre os royalties do petróleo, a pré-candidata não explicou como seria feita a distribuição dos recursos, apenas afirmou que os utilizará para fazer a transição do atual modelo de economia o de baixo carbono. Segundo ela, a discussão deve ficar para o próximo governo, para não ser contaminada pelo período eleitoral.

Marina Silva foi a segunda presidenciável a ser sabatinada nesta quarta-feira. Antes dela, o pré-candidato tucano, José Serra, foi questionado pelos prefeitos. A terceira a responder as mesmas questões foi a petista Dilma Rousseff

terça-feira, 18 de maio de 2010

Como deve ser um novo Plano Nacional de Educação?

Reportagem extraída do site http://carosamigos.terra.com.br/

Por Otaviano Helene e Lighia B. Horodynski-Matsushigue

A história como guia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sancionada em 20 de dezembro de 1996, exigia que o poder executivo encaminhasse ao Congresso Nacional, em um prazo de um ano, um projeto de Plano Nacional de Educação (PNE). Esse prazo se esgotou sem que o governo federal tivesse cumprido com sua obrigação legal.

Tendo em vista a exigência da LDB e a história de lutas da sociedade brasileira em defesa da educação pública, muitas entidades da sociedade civil, organizadas por meio do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e de dois Congressos Nacionais de Educação, elaboraram um PNE e prepararam-se para participar ativamente das discussões que ocorreriam em âmbito nacional. Esse PNE da sociedade brasileira foi apresentado à Câmara dos Deputados no início de 1998. O projeto do executivo foi apresentado um dia depois.[1] Assim, o Congresso Nacional passou a ter em mãos dois projetos de PNE.

Os dois projetos foram debatidos pelo Congresso que acabou por aprovar uma versão que continha vários itens extraídos da proposta apresentada pelas entidades da sociedade brasileira, em especial a previsão de recursos financeiros, coisa que inexistia na versão do poder executivo. Embora os cálculos apresentados pelo PNE da sociedade brasileira estimassem em 10% do PIB os recursos necessários para viabilizar uma real recuperação da educação pública nacional e, em conseqüência, a possibilidade de que seriam cumpridas as metas estabelecidas, o Congresso nacional aprovou um valor menor, 7% do PIB[2]. Apesar desse rebaixamento, a definição dos recursos necessários, tendo como base de cálculo o PIB nacional, ou seja, uma medida da efetiva capacidade de investimento de cada nação, foi considerada uma vitória, ainda que parcial. Além disso, o valor aprovado continua sendo cerca de duas vezes superior aos valores historicamente investidos em educação pública no país.

Os 10% do PIB destinados à educação eram uma espécie de sonho para os educadores e todos aqueles interessados na promoção do desenvolvimento social, cultural e econômico do país: em uma década teríamos mudado completamente o caótico, injusto e ineficiente sistema educacional brasileiro. O valor aprovado pelo Congresso Nacional, se não era um sonho, pelo menos nos livraria da crônica falta de recursos e deixava ainda alguma margem para perspectivas otimistas.

Entretanto e infelizmente, mesmo esse percentual reduzido foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique. Assim, o PNE começou mal: havia metas a serem cumpridas, mas não havia a previsão de recursos para tal. De um plano, transformou-se em uma ilusão: como satisfazer as metas sem os necessários recursos?

Assim que o PNE foi promulgado, iniciou-se uma campanha pela derrubada do veto aos recursos financeiros. Essa campanha fortaleceu‑se quando o programa apresentado pelo presidente Lula, em sua primeira campanha presidencial vitoriosa, previa o estudo da derrubada daquele veto. Embora a redação fosse essa – um estudo da derrubada do veto –, muitos otimistas a liam como um compromisso explícito com a derrubada do veto. Mas isso era ilusão: não houve iniciativas sérias nem do poder executivo, nem do parlamento, para derrubar o veto, que foi mantido.

Assim, inexistindo qualquer outra previsão de recursos para viabilizar o desenvolvimento educacional, qualquer ilusão desaparecera: se o sonho dos 10% do PIB destinados à educação desapareceu quando o Congresso Nacional reduziu o valor para 7%, o veto do governo FHC nos trouxe de volta o pesadelo de sempre.

Metas não atingidas
O PNE aprovado e ainda em vigor contém várias metas que deveriam ser atingidas em 10 anos, a se completarem no início do próximo ano. Entre elas estava o crescimento significativo da educação infantil (crianças de até 6 anos de idade), redução das taxas de repetência no ensino básico (fundamental e médio), a efetiva universalização do ensino fundamental (ou seja, a totalidade das crianças concluindo esse nível de ensino), a garantia de que a totalidade dos jovens pelo menos iniciasse o ensino médio e, quanto ao ensino superior, de que pelo menos 40% dos estudantes estivessem matriculados em instituições públicas. Havia metas também relativas ao combate do analfabetismo (que deveria ser erradicado até 2011), à formação de professores, à infra-estrutura material das escolas, entre muitas outras. É claro que para essas metas serem atingidas seriam necessários recursos; com o veto e sem nenhuma outra previsão de recursos, as metas, evidentemente, não seriam atingidas.

De fato, não foram. Ou, até pior: muitos indicadores do desempenho educacional na década de vigência do PNE simplesmente pioraram[3]. As taxas de conclusão dos ensinos fundamental e médio, que vinham crescendo, ainda que aos trancos e barrancos, a uma razão de cerca de 5% ao ano desde o início do século passado, estagnaram por volta do ano 2000, iniciando aí uma trajetória descendente.[4] Assim, não só as metas do PNE não foram cumpridas como nos distanciamos ainda mais de muitas delas. A década de 2000 marcou um dos dois piores períodos de retração ou estagnação da educação brasileira dos últimos 100 anos.[5]

Por que isso?
Por que isso aconteceu? Primeira razão: pela simples falta de recursos. Não havendo recursos é absolutamente impossível atacar o problema educacional. Pode-se aumentar o número de matrículas sem que sejam fornecidas às escolas e aos educadores as necessárias condições de atendimento (laboratórios, bibliotecas, aulas de reforço, cargas de trabalho toleráveis, salários adequados etc), que parece ter sido o que ocorreu ao longo da década de 1990, período no qual houve aumento dos indicadores quantitativos da educação. Mas esse aumento das matrículas, sem o necessário aparelhamento do sistema para atender adequadamente a quantidades maiores de estudantes, leva a uma piora dos indicadores qualitativos, o que também ocorreu ao longo da década de 1990, ilustrando o óbvio: apenas registrar matrículas não educa.

E mesmo essas práticas de apenas registrar matrículas têm um limite: o ponto em que não ir à escola é melhor do que ir. Quando esse limite é atingido, os indicadores quantitativos estagnam-se. E parece que isso realmente ocorreu por volta do ano 2000, quando as taxas de conclusão dos ensinos fundamental e médio começaram a se reduzir.

Segunda razão: não houve, realmente, um compromisso nacional com a educação escolar. Nem o executivo federal, nem o Congresso tentaram derrubar o veto aos recursos. Os outros entes governamentais (estados e municípios) não levaram a sério o PNE e nada fizeram para que fosse cumprido.

Se havia metas, o Congresso e o governo federal deveriam regulamentá‑las por legislações ou normas complementares. Não o fizeram. Se havia metas finais, deveríamos cuidar das metas parciais que, se não cumpridas, comprometeriam o cumprimento das metas finais. Nada se fez. Se havia metas nacionais a serem cumpridas, elas deveriam ser cumpridas em cada estado e município, os principais responsáveis pelo fornecimento da educação básica. Mas não foram. Governadores, prefeitos e secretários de educação simplesmente desconsideraram suas responsabilidades para com as metas e ignoraram a existência do PNE. Nenhum estado, nenhum município cumpriu nenhuma das metas que estavam sob sua responsabilidade.

Sem definir recursos e as obrigações financeiras e educacionais dos vários entes federativos, sem definir como as pessoas farão para garantir os direitos à educação que o PNE criou e a quem recorrer caso eles não sejam satisfeitos, sem regulamentar como as várias metas serão cumpridas e como, e quem, fiscalizará esse cumprimento e, ainda, prever punições pelo não cumprimento, o PNE é alguma coisa entre a ilusão e a enganação.

O que fazer?
A vigência do atual PNE se encerra em poucos meses e o Congresso Nacional deverá elaborar um novo. A pergunta adequada neste momento é: como deve ser e o que deve conter o próximo PNE para que não seja, como o atual, uma mera fantasia?

As respostas para essas questões podem ser encontradas nas origens da falência do atual PNE. Em primeiro lugar, deverá haver previsões de recursos suficientes para cumprir as metas estabelecidas. É ilusão (ou enganação) fazer uma lista de tarefas a serem cumpridas sem indicar claramente de onde virão os meios necessários para cumpri-las. Sabe-se, com ótima precisão, qual o investimento econômico necessário para se manter uma criança ou jovem em uma escola com nível de qualidade aceitável. Sabe-se quais os recursos necessários para uma escola ter condições de atender adequadamente seus estudantes e quanto é necessário para remunerar de forma adequada os profissionais da educação. Assim, o PNE deve tanto definir o percentual do PIB a ser destinado à educação pública, algo em torno de 10%, como qual será a participação de cada ente federativo (união, estados e municípios) na composição dos recursos.

Um novo PNE deve, também, estabelecer quais são as responsabilidades da União, dos estados e dos municípios, pois é inútil definir metas sem estabelecer quem deve cumpri‑las. Além disso, devemos atribuir responsabilidades e definir as conseqüências e punições para aqueles órgãos ou entes que não cumprirem sua parte. Talvez, neste aspecto, devamos também responsabilizar, além dos poderes executivos e legislativos, os órgãos do judiciário e de defesa da ordem jurídica, que passaram os últimos 10 anos observando uma lei nacional não ser cumprida sem nada fazerem.Deve-se, ainda, definir quais são as tarefas e obrigações dos órgãos de assessoria e apoio do ministério e das secretarias estaduais e municipais de educação, aí incluídos os Conselhos, nacional e estaduais, de Educação.

O Congresso, as Câmaras municipais e as Assembléias estaduais também deverão estabelecer regras complementares que viabilizem o cumprimento das metas a serem atingidas.

Conclusão
Não há um único país que tenha superado o atraso e as barreiras do subdesenvolvimento sem ter escolarizado sua população. Caso aconteça com um novo PNE o mesmo que ocorreu com o atual, o desenvolvimento (ou não) da educação brasileira continuará ruim: a educação será apenas um reflexo e subproduto do restante da realidade nacional e não um instrumento de promoção do desenvolvimento e um fator a se refletir positivamente na nossa dura realidade.

Tentar vincular o desempenho educacional futuro do país a eventuais recursos do pré-sal, usar frases de efeito, atribuir vagamente responsabilidades à “sociedade civil e empresários”[6], ou preencher papel com belas palavras será totalmente inútil e servirá para iludir por mais uma década a população brasileira. Serve, também, é claro, para manter nossa posição de atraso cultural, econômico e social.

Otaviano Helene é professor no Instituto de Física da USP, foi presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Lighia B. Horodynski-Matsushigue é professora aposentada do Instituto de Física da USP e vice-presidente da regional São Paulo do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN)




--------------------------------------------------------------------------------

[1] Ambos os projetos estão disponíveis no endereço http://www.adusp.org.br/arquivo/PNE/. O plano aprovado pelo Congresso está em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm.
[2] Nesses percentuais do PIB estão incluídos investimentos municipais, estaduais e federais.
[3] O artigo “Análise dos indicadores de conclusão escolar nas últimas 5 décadas”, publicado na Revista Adusp, n. 46, janeiro de 2010, pág. 47, apresenta a evolução recente de alguns indicadores educacionais brasileiros. A revista pode ser acessada pelo sítio da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo, http://www.adusp.org.br/revista/46/index.htm.
[4] Por volta do ano 2000, início da vigência do PNE, cerca de 75% das crianças completavam o ensino fundamental e 55% dos jovens completavam o ensino médio. Nos últimos anos esses percentuais reduzidos para a cerca de 70% e 50%, respectivamente.
[5] O outro período de longa estagnação ou retração dos indicadores educacionais ocorreu após a falência do projeto da ditadura militar, iniciando-se em meados da década de 1970 e durando até o final da década de 1980.
[6] As expressões “sociedade civil e os empresários”, “sociedade civil organizada e os empresários” ou “empresários e a sociedade civil” associadas à palavra “educação” aparecem cerca de 100 mil vezes na Internet!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Morram de inveja....ies eu falu ingrês





Está assinado, selado, carimbado, o documento que significa para o Brasil a maior conquista diplomática da sua história. Lula enfrentou os poderosos e sinistros lobbies armamentistas, que tinham como porta-voz Hillary Clinton, secretária de Estado do governo Obama, e conseguiu realizar uma incrível façanha: persuadiu Mahmoud Ahmadinejad, o desconfiado presidente iraniano, a assinar o acordo nuclear que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) havia exigido. O urânio do Irã será processado na Turquia. E o Brasil ocupa, novamente, as manchetes de todos os jornais do planeta com uma boa notícia. Lula é o novo campeão da paz.

Castelo de Areia!!! lá vem o Pig




"Veja" e "Época" (re) descobriram juntas a corrupção tucana.

Incrível coincidência.

As duas revistas deram, nesse fim-de-semana, reportagens (discretas, sem estardalhaço), sobre a "Operação Castelo de Areia". Lembram? A PF descobriu - com um executivo da Camargo Correia - planilhas com doações (amplas, ilegais e muito bem escrituradas) para políticos diversos.

A reportagem de "Veja" você pode ler aqui - http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes-559591.shtml .

A de "Época" está aqui - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI140500-15223,00-ECOS+DO+BURACO+TUCANO.html.

O estranho é que - nos bastidores da imprensa paulista - há vários meses circula o relatório final da "Operação Castelo de Areia", da PF.

O "Estadão" teve acesso ao relatório. Um dos mais experientes repórteres do jornal teve o relatório em mãos. Mostrou aos chefes. Isso há quase 6 meses. Era uma pancada muito forte nos tucanos (apesar de o relatório atingir políticos de vários partidos, inclusive do PT). A ordem no "Estadão", segundo uma fonte do Escrevinhador, foi: "esqueça isso, não vamos dar".

O repórter - contrariado - acatou a ordem. Mas cópias do material começaram a surgir em outras redações...

A "Folha" também teria conseguido. Lá, também, o material teria sido vetado. Motivos óbvios: criava constrangimentos para um candidato aliado.

As revistas também tinham o relatório... Isso há vários meses.

Por que, então, só agora "Veja" e "Época" entraram na história? Por que ficaram restritas a alguns nomes do tucanato, e não deram mais detalhes? Por que, na "Veja", o alvo foi Aloysio Nunes Ferreira (homem-forte de Serra, candidato tucano ao Senado por São Paulo)?

Alguns enxergam nisso um recado a Serra, exatamente na semana em que ele resolveu declarar que é de "esquerda", em que resolveu bater boca com a Miriam Leitão, contrariando um dos ícones do pensamento (neo) liberal - a tal "independência" do Banco Central.

A turma do Instituto Millenium estaria insatisfeita com Serra? O candidato estaria se mostrando indisciplinado, incapaz de defender o "programa" estabelecido pelo PIG? Por isso, as revistas resolveram dar uma "pitadinha" da Castelo de Areia, como a avisar: batemos no Aloysio; ou você toma jeito ou temos material guardado também contra você - ou já esqueceu?

Não se esqueçam, caros leitores, que, nos primeiros relatos sobre a Castelo de Areia, muito antes do relaório final sair, apareciam na imprensa referências a doações ilegais para "Palácio Band" - http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/pf-investiga-propina-pra-palacio-band-a-casa-caiu.

Rapidamente, as reportagens foram interrompidas. Para ressurgir agora...

Quem era o inquilino do Palácio dos Bandeirantes até dois meses atrás? Agora, "Epoca" e "Veja" deixaram o Palácio de fora...

Há outra hipótese para as matérias simultâneas de "Epoca" e 'Veja": as revistas estariam sabendo que uma TV de São Paulo tem o relatório em mãos, e prepara reportagens para os próximos dias? Dar o material antes (e, estrategicamente, de forma bem limitada) foi uma "vacina": se a notícia aparecer na TV, a turma do Serra poderá dizer "ah, mas isso aí até a "Veja" já deu...".

Por último, uma pergunta: "Veja" não vai brindar seus leitores com a parte do relatório da PF em que um de seus supostos jornalistas aparece na suposta planilha da Camargo Correia, lado a lado com um ex-secretário de Serra-Kassab?

De acordo com fontes desse Escrevinhador que viram o relatório da PF, o suposto jornalista teria - pelo menos - 50 mil motivos para defender as posições que defende - seja em seus textos na revista, seja em seus textos no blog que escorre pelo esgoto na internet.

50 mil motivos! Vocês acham que é muito ou pouco?

Aliás, um jornalista da "Veja" mostrava-se, já em 2009, muito preocupado com as investigações - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/castelo-de-areia-e-ilegalidades/

Obtive tais informações no " escrevinhador" leia lá tbm

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Isso é investir na eduação.


vale coxinha!!!

Segundo dados divulgados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, o governo federal triplicou o orçamento destinado à educação que saltou de 17,4 bilhões em 2003 para R$ 51 bilhões em 2010.

Isso foi possível porque o aumento de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) foi todo destinado à educação básica.

Outro dado importante extraído dos novos números fornecidos pelo governo: a diferença entre investimento para os ciclos básico e ensino superior diminuiu de 11 vezes em 2000 para 5,6 vezes em 2008, o que é muito próximo do patamar da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países ricos.

Tais dados a meu ver nos oferece elementos para questionar alguns argumentos falaciosos de conservadores na grande mídia que vivem afirmando que ações afirmativas não faz sentido, porque primeiro é preciso investir em educação básica. Ora de posse desses dados é possível perceber que o governo federal está investindo em todos os níveis de educação e resolvendo distorções.


Em termos de percentual de investimento por aluno cuja média é 25% (em relação ao PIB), o Brasil ainda não alcançou a meta estabelecida pela OCDE. Mesmo assim, houve crescimento de 4,5%: em 2002 o percentual era de 14,5% e ,, em 2008, subiu para 19%.

Para ver outros dados comparativos acesse o doc.


Fonte dos dados: MEC

PS. No portal do MEC os leitores encontrarão também o anúncio do Ministério do Planejamento que autorizou a abertura de concursos públicos para quase 22 mil vagas para professores e técnicos em instituições federais (universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia).

Gov. Zezinho contrata Gilbertinho da Vila para combater Loira do Banheiro


Sempre preocupado com a melhoria da educação paulista, o Mais Preparado dos Brasileiros, o gov. Zezinho, resolveu intensificar o combate à maior das causas do fracasso escolar de umas poucas crianças remelentas alunas da rede pública estadual.

Para dar cabo de tão nobre fim, o Presidente de Nascença organizou uma cruzada contra o maior inimigo da educação paulista, a Loira do Banheiro (PT-SP). Segundo o Secretário de Educação e Assuntos Gráficos, o sr. Paulo R. Gates de Souza, esse infame ectoplasma vermelho tem despertado pavor nas crianças, fazendo com que não consigam se concentrar nos estudos. Com isso, nem mesmo as revolucionárias apostilinhas da gráfica Plural, entregues aos regiamente remunerados professores paulistas, conseguem que essas crianças mantenham o mesmo desempenho escolar de primeiro mundo da maioria de suas coleguinhas.

A perseguição ao gov. Zezinho pela Loira do Banheiro já é antiga, e remontaria, segundo a tia Carmela, ao uso indevido da imagem da terrível fantasminha nada camarada pelo menino Zezinho nos tempos da Mooca (veja comentário da tia Carmela abaixo). Há alguns anos, a petista das cloacas escolares travou áspero debate público com o Maior dos Brasileiros, dirigindo-lhe injuriosas palavras que revoltaram o Brasil:

Para combater essa petista infiltrada no meio educacional, inicialmente o Maior dos Próceres da Educação Nacional tentou usar policiais infiltrados no além, usando a bem sucedida experiência com a greve dos professores. Contrataram-se, os médiuns da Associação Médius Reunidos para o Desenvolvimento Escolar (MERDESCOLA), OSCIP criada para esse fim e dirigida pela prima de um tio do irmão de um figurão tucano e pelo cunhado do sogro de um tio-avô do dono de uma empresa jornalística.

Apesar de terem recebido cerca de R$ 3.725.222,74 , os funcionários da prestigiosa organização filantrópica não conseguiram que nenhum espírito de policial convencesse a Loira do Banheiro a parar de importunar as criancinhas paulistas. Mesmo assim, a MERDESCOLA recebeu renovação do contrato para novas tentativas, porque o Mais Brilhante dos Brasileiros não quis desapontar os amigos.

Sempre ágil, como todo grande gestor, o Mais Competente dos Homens Públicos então resolveu acionar o maior educador da Vila Madalena, Gilbertinho da Vila. Sempre filantropo, Gilbertinho da Vila criou uma associação especialmente para a nova tarefa, a Associação Aprendizes de Caça-Fantasmas da Vila Madalena. Generoso e desapegado dos bens materiais, aceitou ser contratado pelo mesmo e irrisório valor de R$ 3.725.222,74.



Gilbertinho da Vila produziu panfleto alertando contra os perigos da Loira do Banheiro para a educação.
O novo responsável pelo combate à Loira do Banheiro não hesitou em rapidamente começar seu trabalho. Convocou seus amigos a um jantar em um modesto bistrô da Vila Madalena para discutir as possibilidades de lançar uma campanha de esclarecimento junto às crianças de um bairro da periferia da Zona Sul da Capital, para ensiná-las que não é preciso ter medo da Loira do Banheiro porque o mundo é bonito, florido e todos se ajudam.

Os amigos de Gilbertinho da Vila, pessoas simples e antenadas com causas sociais, aceitaram fazer um mutirão de esclarecimento em duas escolas públicas do bairro, e já pediram inclusive autorização aos traficantes que controlam o bairro.

Também está sendo organizado um show do Palavra Cantada na Praça do Pôr do Sol, no qual as crianças com medo da Loira do Banheiro que morem no Capão Redondo e no Jardim Ângela terão entrada gratuita. Sempre sensível às necessidades das crianças pobres, Gilbertinho da Vila teve o cuidado de providenciar que sejam vendidos gelinho e picolé Brasinha, pois sabe que as crianças pobres não terão dinheiro para pagar o Häagen-Dazs.