A outra face da educação

Colóquio Flácido para Acalentar bovinus....Educação





Quem está aki!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sem funcionários, escola de Guarulhos (SP) usa alunos na faxina


Alunos e funcionários --que antes trabalhavam apenas com a merenda-- da Escola Estadual Maria Helena Barbosa Martins, em Guarulhos (Grande São Paulo), precisam tirar o lixo da sala de aula todos os dias. Como outras unidades da rede estadual, a escola sofre com o atraso na contratação de empresas terceirizadas para o serviço, causado por mudança administrativa do governo -que obrigou à reabertura dos pregões para escolha de novas prestadoras.Segundo a Secretaria Estadual da Educação, 213 colégios já ficaram ou ficarão sem os funcionários terceirizados até 3 de setembro. A rede de ensino possui 5.000 escolas. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, 213 colégios já ficaram ou ficarão sem os funcionários terceirizados até 3 de setembro. A rede de ensino possui 5.000 escolas.

Em quatro colégios de Guarulhos visitados nesta semana pela Folha, todos contavam com cerca da metade do quadro de funcionários. 'Fica ruim para os alunos, que têm de catar lixo ou varrer a sala. Na última reunião, alguns pais se colocaram à disposição para ajudar', disse Edjane Lopes, 38, mãe de uma aluna da sexta série da escola Maria Helena Barbosa Martins.

A dificuldade ocorre porque o governador Alberto Goldman (PSDB) vetou, em junho, a participação de cooperativas em licitações, agora restritas a empresas. O chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Fernando Padula, diz haver falta de funcionários apenas em 'casos pontuais', que serão solucionados rapidamente.

sábado, 28 de agosto de 2010

Com a vitória garantida, Serra começa a pensar no ministério



Tá lá no blog do Prof. Hariovaldo
Como a vitória agora é questão de dias, é hora de começarmos a analisar o futuro ministério de salvação nacional do governo Serra. Alguns nomes já estão certos, outros ainda são dúvidas. É importante que cada um de nós dê sua opinião sobre eles ou indique substitutos. Vamos conhecê-los:

Relações Exteriores: Fernando Henrique Cardoso;

Defesa: Nelson Jobim;

Justiça: Gilmar Mendes;

Banco Central: Salvatore Cacciola

Comunicações: Ali Kamel;

Saúde: Cacá Rosset;

Economia: (Serra está em dúvidas entre Sardenberg e Leitão)

Segundo sugestões dos homens bons que frequentam este sítio noticioso, poderemos ter também as seguintes pessoas nos ministérios indicados:

Minas e Energia: David Zylbersteyn

Pró-Álcool: Lucia Hipolitro.

Cultura: Arnaldo Jabor

O IBGE será gerido pelo Datafolha.

Trabalho: Chiquinho Scarpa

Turismo: Maitê Proença

Ministério do Acarajé: Cira de Itapuã

Ministério da Juventude: Soninha

Instituto Federal de Reeducação Social Henning Boilesen: Jair Bosolnaro

Previdência Social: Georgina de Freitas

Igualdade Racial: Demétrio Magnoli

Reforma Agrária e Agricultura Familiar: Kátia Abreu

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres: Rogéria

Articulação Política: Índio da Costa

Esportes: Ricardo Teixeira

A chefia da Casa Civil ficará com a Condoleesa Rice, pois é assunto muito sério pra ser tratado por brasileiros.

O Instituto Rio Branco passará a se chamar Ronald Reagan Institute.

Diário Oficial será substituído pela Folha de São Paulo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vídeo: Crianças gritam “Lula”


Tá lá no conversa afiada, eu li.
Quando você assiste a uma daquelas inserções comerciais (propaganda) de alguma obra ou benefício ‘concedido’ pelo prefeito, governador ou presidente de plantão saiba que aquilo é uma peça publicitária. Produzida por publicitários, encenada por atores e recheadas de figurantes. Minhas filhas mesmo já fizeram teste para uma dessas peças publicitárias. Tenho um amigo que já apareceu elogiando uma obra do Kassab, mesmo sendo Lulista de carteirinha. Acontece que como os atores e figurantes são contratados eles recebem para isso.

Em uma campanha política não é muito diferente. Atores são contratados e pessoas comuns são recrutadas para falarem bem de candidato X ou mesmo para falarem mal de candidato Y. São pagos para isso, recebem um ‘cachê’ (pagamento) pelo trabalho executado.

Há, porém, outras situações onde não é possível se fazer o pagamento pela participação, onde o grande número de participantes inviabiliza o pagamento. São as externas em comícios, visitas, passeatas, carreatas. As imagens são tomadas e, no máximo, se pede a autorização dos participantes para que cedam o direito de sua imagem ser exibida no programa eleitoral do candidato.

A coisa funciona, mais ou menos, da maneira que relatei acima. Isso acontece porque nem todo mundo apóia o candidato que está em determinado bairro, por exemplo. Por isso, é necessário ‘buscar’ as melhores imagens, os gritos de apoio, os beijos, os abraços. Mas, nem tudo são flores, pois há candidatos mais e candidatos menos populares. Aqueles que com seu carisma dispensam ensaios e aqueles que mesmo com ensaios não conseguem empolgar os ‘eleitores’ que lá estão.

Foi o que aconteceu com o candidato Serra. Ao visitar uma escola (Escola Técnica Estadual – ETEC – em Heliópolis, zona sul da capital, no dia de ontem – 3/08/2010), o candidato Demo/Tucano foi supreendido pela pureza das crianças. Logo após acenarem para Serra as crianças começaram a gritar em coro o nome do presidente Lula: “Lula! Lula! Lula!” e “olê, olê, olá, Lula, Lula”. [vídeo acima]

Isso mostra primeiro, que carisma não é para qualquer um; e, segundo, que – no mínimo – a lei eleitoral foi desrespeitada.

O pior dessa história é que, provavelmente, as imagens com as crianças aos gritos de Serra (e Alckmin) serão utilizadas pelo programa eleitoral de ambos, depois do ensaio, do ‘falhou’ do adulto (seria professor ou assessor?), configurando uma verdadeira farsa.

Espero, que – pelo menos – tenham pago o cachê para a garotada.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Andei sumido.....é verdade, mais eu voltei.



É verdade, eu andei sumido, deixei meu blog meio de lado, muita coisa aconnteceu neste período.Consegui um novo emprego, minha mulher está grávida de 3 mêses e eu estou com sono muito sono, acabei de enviar uma prova para ser aplicada amnhã na escola ( avaliação, avaliação bla bla bla )mais voltarei com mais força do que nunca com pitácos políticos-escolares.
Abrs

Serra não dá comida a professor de SP



Saiu na Folha (*) (na Folha !) online:

02/08/2010
São Paulo atrasa vale-alimentação de professores da rede estadual

FÁBIO TAKAHASHI – (que é bom procurar outro emprego … – PHA)

Professores da rede estadual de São Paulo não recebem desde fevereiro o auxílio alimentação, utilizado para gastos em supermercados. Segundo o governo Goldman (PSDB), houve problema no sistema que fornece informações para o pagamento, que será solucionado nos próximos dias.

Os valores atrasados serão pagos, afirma a Secretaria de Gestão. A pasta não soube informar quantos dos cerca de 200 mil docentes estão sem receber o benefício.

A Apeoesp (sindicato dos professores) afirma que já recebeu dezenas de consultas de educadores, que reclamam da falta de pagamento ou de valores abaixo do correto. O benefício varia de acordo com a carga horária do professor. A quantia máxima é de R$ 80 mensais.

“Com o nosso salário, cada centavo faz falta. Estou pedindo dinheiro para o meu pai para comprar comida ou pedindo para comprar fiado no mercado”, diz um professor de português da região de Campinas (interior de São Paulo). O docente tem carga horária semanal de 30 horas e recebe R$ 1.500 de salário bruto. “Além de atrasar, o vale não é reajustado há dez anos”, completa o docente.

COXINHA

O valor dos vales foi alvo de críticas durante a greve dos professores no primeiro semestre, que durou um mês e acabou logo após o então governador, José Serra (PSDB), deixar o cargo para concorrer à Presidência.

Como forma de protesto, os grevistas fizeram almoço com coxinhas na avenida Paulista, em alusão ao valor de cada vale, R$ 4. A categoria pedia que o valor do benefício fosse multiplicado em quase quatro vezes. O governo dizia não haver condições financeiras.

Segundo a Secretaria de Gestão, o problema no sistema ocorreu após a inclusão neste ano de duas jornadas na carreira dos professores –eram apenas duas.

Com a falha técnica, “uma parcela dos professores passou a receber pagamento do beneficio a mais ou a menos”, afirma nota da pasta.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Governo de Minas reafirma compromisso com profissionais da Educação. Vc Acredita ?




O Governo de Minas reapresentou, no último dia 12 de maio, ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), filiado à Central Única dos Trabalhadores (Cut), a proposta de criar uma comissão para revisão da composição salarial da categoria. Essa mesma proposta já havia sido apresentada ao Sind-UTE em reunião no dia 14 de abril e oficializada por meio de ofício enviado no dia 15 de abril e integra o termo de acordo relativo às reivindicações dos profissionais da rede estadual de educação, que seria assinado com o fim da greve.

Reafirmando seu compromisso com os alunos, professores, pais, responsáveis e com a comunidade escolar, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) presta os seguintes esclarecimentos:

O termo do acordo, que seria assinado com o fim da greve nesta terça-feira (18), previa a formação da comissão, com participação do sindicato, para estudar a modificação dos vencimentos básicos e alteração do padrão remuneratório da carreira da educação, por meio da incorporação de vantagens e benefícios. Atualmente, a composição salarial da categoria é muito complexa e possui 24 gratificações e vantagens.

A comissão teria 30 dias para concluir o trabalho e seria instituída por meio de resolução conjunta da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e da Secretaria de Estado de Educação após a suspensão da greve. O resultado do trabalho seria apresentado através de projeto de lei que seria protocolado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em até 10 dias após o término dos trabalhos da comissão.

O acordo ainda estabelecia que o período de paralisação por motivo de greve não acarretaria conceitos negativos na avaliação de desempenho do servidor, dispensa de servidores designados e efetivados, como também não configuraria abandono de cargo, instauração de processo administrativo ou aplicação de quaisquer outras penalidades aos servidores.

O Governo de Minas reafirma que aumento de 10% concedido ao conjunto dos funcionários e a elevação do piso remuneratório dos professores para R$ 935, para uma jornada de 24 horas, em vigor a partir do dia 1º de maio, representam o que é possível dentro do limite legal estabelecido pela Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LRF). Além disso, a legislação eleitoral impede a concessão de novos reajustes.

Outras informações

A greve dos professores foi considerada ilegal no dia 4 de maio pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A decisão foi confirmada no dia 11 de maio.

Importante ressaltar que a Advocacia Geral da União (AGU), a partir de consulta do Ministério da Educação (MEC), ao interpretar o art. 5º da Lei 11.738/2008 que cria o Piso Salarial Profissional para os profissionais do magistério público da educação básica, definiu que o valor do Piso é de R$ 1.024,67, a partir de 1º de janeiro de 2010, para uma jornada de 40 horas semanais de trabalho.

Em decisão liminar, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu o piso como a remuneração do servidor, incluindo gratificações e vantagens. Baseado nesta decisão, o Governo de Minas reafirma que paga acima do piso.

Na rede estadual de Minas Gerais a jornada de trabalho é de 24 horas semanais e o valor proporcional correspondente para o piso nacional, determinado nos termos da lei, é de R$ 614,80. Esse valor é inferior aos R$ 935 para jornada de 24 horas em vigor.

Além dos reajustes concedidos e a criação da comissão para revisar os salários, o Governo de Minas já atendeu seis reivindicações dos servidores da educação: 1ª - realização de concurso público para preenchimento de cargos na Educação; 2ª - promoção do processo de certificação dos diretores escolares até o final deste ano; 3ª - consulta à comunidade para a indicação de candidatos ao cargo em 2011; 4 ª - fornecimento de uniformes e equipamentos apropriados para os auxiliares de serviços; 5ª - pagamento de rateio aos designados; e 6ª - continuidade no pagamento de adicionais por tempo de serviço e da Vantagem Temporária Incorporável (VTI) dos designados, independentemente do intervalo entre as designações.


A tá!! entendi uai.

SUS DA EDUCACHÃO, LÁ VEM ELES.


A pré-candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira que vai criar o "Sistema Único de Educação" se for eleita. A promessa foi firmada durante sabatina da CNM (Confederação Nacional de Municípios), que acontece em Brasília.

"A Conferência Nacional da Educação propôs um sistema único de educação. Eu acho que é uma saída. Da mesma forma que temos o SUS (Sistema Único de Saúde), vamos ter o Sistema Único da Educação que pense a educação desde a educação infantil até a universidade", afirmou a verde.

Marina também disse que não pretende se candidatar novamente ao Senado. "Não quero ficar mais 24 anos no Senado, porque quando você fica muito tempo no Senado você fica igual a um bonsai (árvore cultivada em vasos). Paradinho, pequenininho, numa mesa. É melhor ser uma relva no campo do que um bonsai no Senado", afirmou.

Perguntada sobre os royalties do petróleo, a pré-candidata não explicou como seria feita a distribuição dos recursos, apenas afirmou que os utilizará para fazer a transição do atual modelo de economia o de baixo carbono. Segundo ela, a discussão deve ficar para o próximo governo, para não ser contaminada pelo período eleitoral.

Marina Silva foi a segunda presidenciável a ser sabatinada nesta quarta-feira. Antes dela, o pré-candidato tucano, José Serra, foi questionado pelos prefeitos. A terceira a responder as mesmas questões foi a petista Dilma Rousseff

terça-feira, 18 de maio de 2010

Como deve ser um novo Plano Nacional de Educação?

Reportagem extraída do site http://carosamigos.terra.com.br/

Por Otaviano Helene e Lighia B. Horodynski-Matsushigue

A história como guia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sancionada em 20 de dezembro de 1996, exigia que o poder executivo encaminhasse ao Congresso Nacional, em um prazo de um ano, um projeto de Plano Nacional de Educação (PNE). Esse prazo se esgotou sem que o governo federal tivesse cumprido com sua obrigação legal.

Tendo em vista a exigência da LDB e a história de lutas da sociedade brasileira em defesa da educação pública, muitas entidades da sociedade civil, organizadas por meio do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e de dois Congressos Nacionais de Educação, elaboraram um PNE e prepararam-se para participar ativamente das discussões que ocorreriam em âmbito nacional. Esse PNE da sociedade brasileira foi apresentado à Câmara dos Deputados no início de 1998. O projeto do executivo foi apresentado um dia depois.[1] Assim, o Congresso Nacional passou a ter em mãos dois projetos de PNE.

Os dois projetos foram debatidos pelo Congresso que acabou por aprovar uma versão que continha vários itens extraídos da proposta apresentada pelas entidades da sociedade brasileira, em especial a previsão de recursos financeiros, coisa que inexistia na versão do poder executivo. Embora os cálculos apresentados pelo PNE da sociedade brasileira estimassem em 10% do PIB os recursos necessários para viabilizar uma real recuperação da educação pública nacional e, em conseqüência, a possibilidade de que seriam cumpridas as metas estabelecidas, o Congresso nacional aprovou um valor menor, 7% do PIB[2]. Apesar desse rebaixamento, a definição dos recursos necessários, tendo como base de cálculo o PIB nacional, ou seja, uma medida da efetiva capacidade de investimento de cada nação, foi considerada uma vitória, ainda que parcial. Além disso, o valor aprovado continua sendo cerca de duas vezes superior aos valores historicamente investidos em educação pública no país.

Os 10% do PIB destinados à educação eram uma espécie de sonho para os educadores e todos aqueles interessados na promoção do desenvolvimento social, cultural e econômico do país: em uma década teríamos mudado completamente o caótico, injusto e ineficiente sistema educacional brasileiro. O valor aprovado pelo Congresso Nacional, se não era um sonho, pelo menos nos livraria da crônica falta de recursos e deixava ainda alguma margem para perspectivas otimistas.

Entretanto e infelizmente, mesmo esse percentual reduzido foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique. Assim, o PNE começou mal: havia metas a serem cumpridas, mas não havia a previsão de recursos para tal. De um plano, transformou-se em uma ilusão: como satisfazer as metas sem os necessários recursos?

Assim que o PNE foi promulgado, iniciou-se uma campanha pela derrubada do veto aos recursos financeiros. Essa campanha fortaleceu‑se quando o programa apresentado pelo presidente Lula, em sua primeira campanha presidencial vitoriosa, previa o estudo da derrubada daquele veto. Embora a redação fosse essa – um estudo da derrubada do veto –, muitos otimistas a liam como um compromisso explícito com a derrubada do veto. Mas isso era ilusão: não houve iniciativas sérias nem do poder executivo, nem do parlamento, para derrubar o veto, que foi mantido.

Assim, inexistindo qualquer outra previsão de recursos para viabilizar o desenvolvimento educacional, qualquer ilusão desaparecera: se o sonho dos 10% do PIB destinados à educação desapareceu quando o Congresso Nacional reduziu o valor para 7%, o veto do governo FHC nos trouxe de volta o pesadelo de sempre.

Metas não atingidas
O PNE aprovado e ainda em vigor contém várias metas que deveriam ser atingidas em 10 anos, a se completarem no início do próximo ano. Entre elas estava o crescimento significativo da educação infantil (crianças de até 6 anos de idade), redução das taxas de repetência no ensino básico (fundamental e médio), a efetiva universalização do ensino fundamental (ou seja, a totalidade das crianças concluindo esse nível de ensino), a garantia de que a totalidade dos jovens pelo menos iniciasse o ensino médio e, quanto ao ensino superior, de que pelo menos 40% dos estudantes estivessem matriculados em instituições públicas. Havia metas também relativas ao combate do analfabetismo (que deveria ser erradicado até 2011), à formação de professores, à infra-estrutura material das escolas, entre muitas outras. É claro que para essas metas serem atingidas seriam necessários recursos; com o veto e sem nenhuma outra previsão de recursos, as metas, evidentemente, não seriam atingidas.

De fato, não foram. Ou, até pior: muitos indicadores do desempenho educacional na década de vigência do PNE simplesmente pioraram[3]. As taxas de conclusão dos ensinos fundamental e médio, que vinham crescendo, ainda que aos trancos e barrancos, a uma razão de cerca de 5% ao ano desde o início do século passado, estagnaram por volta do ano 2000, iniciando aí uma trajetória descendente.[4] Assim, não só as metas do PNE não foram cumpridas como nos distanciamos ainda mais de muitas delas. A década de 2000 marcou um dos dois piores períodos de retração ou estagnação da educação brasileira dos últimos 100 anos.[5]

Por que isso?
Por que isso aconteceu? Primeira razão: pela simples falta de recursos. Não havendo recursos é absolutamente impossível atacar o problema educacional. Pode-se aumentar o número de matrículas sem que sejam fornecidas às escolas e aos educadores as necessárias condições de atendimento (laboratórios, bibliotecas, aulas de reforço, cargas de trabalho toleráveis, salários adequados etc), que parece ter sido o que ocorreu ao longo da década de 1990, período no qual houve aumento dos indicadores quantitativos da educação. Mas esse aumento das matrículas, sem o necessário aparelhamento do sistema para atender adequadamente a quantidades maiores de estudantes, leva a uma piora dos indicadores qualitativos, o que também ocorreu ao longo da década de 1990, ilustrando o óbvio: apenas registrar matrículas não educa.

E mesmo essas práticas de apenas registrar matrículas têm um limite: o ponto em que não ir à escola é melhor do que ir. Quando esse limite é atingido, os indicadores quantitativos estagnam-se. E parece que isso realmente ocorreu por volta do ano 2000, quando as taxas de conclusão dos ensinos fundamental e médio começaram a se reduzir.

Segunda razão: não houve, realmente, um compromisso nacional com a educação escolar. Nem o executivo federal, nem o Congresso tentaram derrubar o veto aos recursos. Os outros entes governamentais (estados e municípios) não levaram a sério o PNE e nada fizeram para que fosse cumprido.

Se havia metas, o Congresso e o governo federal deveriam regulamentá‑las por legislações ou normas complementares. Não o fizeram. Se havia metas finais, deveríamos cuidar das metas parciais que, se não cumpridas, comprometeriam o cumprimento das metas finais. Nada se fez. Se havia metas nacionais a serem cumpridas, elas deveriam ser cumpridas em cada estado e município, os principais responsáveis pelo fornecimento da educação básica. Mas não foram. Governadores, prefeitos e secretários de educação simplesmente desconsideraram suas responsabilidades para com as metas e ignoraram a existência do PNE. Nenhum estado, nenhum município cumpriu nenhuma das metas que estavam sob sua responsabilidade.

Sem definir recursos e as obrigações financeiras e educacionais dos vários entes federativos, sem definir como as pessoas farão para garantir os direitos à educação que o PNE criou e a quem recorrer caso eles não sejam satisfeitos, sem regulamentar como as várias metas serão cumpridas e como, e quem, fiscalizará esse cumprimento e, ainda, prever punições pelo não cumprimento, o PNE é alguma coisa entre a ilusão e a enganação.

O que fazer?
A vigência do atual PNE se encerra em poucos meses e o Congresso Nacional deverá elaborar um novo. A pergunta adequada neste momento é: como deve ser e o que deve conter o próximo PNE para que não seja, como o atual, uma mera fantasia?

As respostas para essas questões podem ser encontradas nas origens da falência do atual PNE. Em primeiro lugar, deverá haver previsões de recursos suficientes para cumprir as metas estabelecidas. É ilusão (ou enganação) fazer uma lista de tarefas a serem cumpridas sem indicar claramente de onde virão os meios necessários para cumpri-las. Sabe-se, com ótima precisão, qual o investimento econômico necessário para se manter uma criança ou jovem em uma escola com nível de qualidade aceitável. Sabe-se quais os recursos necessários para uma escola ter condições de atender adequadamente seus estudantes e quanto é necessário para remunerar de forma adequada os profissionais da educação. Assim, o PNE deve tanto definir o percentual do PIB a ser destinado à educação pública, algo em torno de 10%, como qual será a participação de cada ente federativo (união, estados e municípios) na composição dos recursos.

Um novo PNE deve, também, estabelecer quais são as responsabilidades da União, dos estados e dos municípios, pois é inútil definir metas sem estabelecer quem deve cumpri‑las. Além disso, devemos atribuir responsabilidades e definir as conseqüências e punições para aqueles órgãos ou entes que não cumprirem sua parte. Talvez, neste aspecto, devamos também responsabilizar, além dos poderes executivos e legislativos, os órgãos do judiciário e de defesa da ordem jurídica, que passaram os últimos 10 anos observando uma lei nacional não ser cumprida sem nada fazerem.Deve-se, ainda, definir quais são as tarefas e obrigações dos órgãos de assessoria e apoio do ministério e das secretarias estaduais e municipais de educação, aí incluídos os Conselhos, nacional e estaduais, de Educação.

O Congresso, as Câmaras municipais e as Assembléias estaduais também deverão estabelecer regras complementares que viabilizem o cumprimento das metas a serem atingidas.

Conclusão
Não há um único país que tenha superado o atraso e as barreiras do subdesenvolvimento sem ter escolarizado sua população. Caso aconteça com um novo PNE o mesmo que ocorreu com o atual, o desenvolvimento (ou não) da educação brasileira continuará ruim: a educação será apenas um reflexo e subproduto do restante da realidade nacional e não um instrumento de promoção do desenvolvimento e um fator a se refletir positivamente na nossa dura realidade.

Tentar vincular o desempenho educacional futuro do país a eventuais recursos do pré-sal, usar frases de efeito, atribuir vagamente responsabilidades à “sociedade civil e empresários”[6], ou preencher papel com belas palavras será totalmente inútil e servirá para iludir por mais uma década a população brasileira. Serve, também, é claro, para manter nossa posição de atraso cultural, econômico e social.

Otaviano Helene é professor no Instituto de Física da USP, foi presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Lighia B. Horodynski-Matsushigue é professora aposentada do Instituto de Física da USP e vice-presidente da regional São Paulo do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN)




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[1] Ambos os projetos estão disponíveis no endereço http://www.adusp.org.br/arquivo/PNE/. O plano aprovado pelo Congresso está em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm.
[2] Nesses percentuais do PIB estão incluídos investimentos municipais, estaduais e federais.
[3] O artigo “Análise dos indicadores de conclusão escolar nas últimas 5 décadas”, publicado na Revista Adusp, n. 46, janeiro de 2010, pág. 47, apresenta a evolução recente de alguns indicadores educacionais brasileiros. A revista pode ser acessada pelo sítio da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo, http://www.adusp.org.br/revista/46/index.htm.
[4] Por volta do ano 2000, início da vigência do PNE, cerca de 75% das crianças completavam o ensino fundamental e 55% dos jovens completavam o ensino médio. Nos últimos anos esses percentuais reduzidos para a cerca de 70% e 50%, respectivamente.
[5] O outro período de longa estagnação ou retração dos indicadores educacionais ocorreu após a falência do projeto da ditadura militar, iniciando-se em meados da década de 1970 e durando até o final da década de 1980.
[6] As expressões “sociedade civil e os empresários”, “sociedade civil organizada e os empresários” ou “empresários e a sociedade civil” associadas à palavra “educação” aparecem cerca de 100 mil vezes na Internet!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Morram de inveja....ies eu falu ingrês





Está assinado, selado, carimbado, o documento que significa para o Brasil a maior conquista diplomática da sua história. Lula enfrentou os poderosos e sinistros lobbies armamentistas, que tinham como porta-voz Hillary Clinton, secretária de Estado do governo Obama, e conseguiu realizar uma incrível façanha: persuadiu Mahmoud Ahmadinejad, o desconfiado presidente iraniano, a assinar o acordo nuclear que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) havia exigido. O urânio do Irã será processado na Turquia. E o Brasil ocupa, novamente, as manchetes de todos os jornais do planeta com uma boa notícia. Lula é o novo campeão da paz.

Castelo de Areia!!! lá vem o Pig




"Veja" e "Época" (re) descobriram juntas a corrupção tucana.

Incrível coincidência.

As duas revistas deram, nesse fim-de-semana, reportagens (discretas, sem estardalhaço), sobre a "Operação Castelo de Areia". Lembram? A PF descobriu - com um executivo da Camargo Correia - planilhas com doações (amplas, ilegais e muito bem escrituradas) para políticos diversos.

A reportagem de "Veja" você pode ler aqui - http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes-559591.shtml .

A de "Época" está aqui - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI140500-15223,00-ECOS+DO+BURACO+TUCANO.html.

O estranho é que - nos bastidores da imprensa paulista - há vários meses circula o relatório final da "Operação Castelo de Areia", da PF.

O "Estadão" teve acesso ao relatório. Um dos mais experientes repórteres do jornal teve o relatório em mãos. Mostrou aos chefes. Isso há quase 6 meses. Era uma pancada muito forte nos tucanos (apesar de o relatório atingir políticos de vários partidos, inclusive do PT). A ordem no "Estadão", segundo uma fonte do Escrevinhador, foi: "esqueça isso, não vamos dar".

O repórter - contrariado - acatou a ordem. Mas cópias do material começaram a surgir em outras redações...

A "Folha" também teria conseguido. Lá, também, o material teria sido vetado. Motivos óbvios: criava constrangimentos para um candidato aliado.

As revistas também tinham o relatório... Isso há vários meses.

Por que, então, só agora "Veja" e "Época" entraram na história? Por que ficaram restritas a alguns nomes do tucanato, e não deram mais detalhes? Por que, na "Veja", o alvo foi Aloysio Nunes Ferreira (homem-forte de Serra, candidato tucano ao Senado por São Paulo)?

Alguns enxergam nisso um recado a Serra, exatamente na semana em que ele resolveu declarar que é de "esquerda", em que resolveu bater boca com a Miriam Leitão, contrariando um dos ícones do pensamento (neo) liberal - a tal "independência" do Banco Central.

A turma do Instituto Millenium estaria insatisfeita com Serra? O candidato estaria se mostrando indisciplinado, incapaz de defender o "programa" estabelecido pelo PIG? Por isso, as revistas resolveram dar uma "pitadinha" da Castelo de Areia, como a avisar: batemos no Aloysio; ou você toma jeito ou temos material guardado também contra você - ou já esqueceu?

Não se esqueçam, caros leitores, que, nos primeiros relatos sobre a Castelo de Areia, muito antes do relaório final sair, apareciam na imprensa referências a doações ilegais para "Palácio Band" - http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/pf-investiga-propina-pra-palacio-band-a-casa-caiu.

Rapidamente, as reportagens foram interrompidas. Para ressurgir agora...

Quem era o inquilino do Palácio dos Bandeirantes até dois meses atrás? Agora, "Epoca" e "Veja" deixaram o Palácio de fora...

Há outra hipótese para as matérias simultâneas de "Epoca" e 'Veja": as revistas estariam sabendo que uma TV de São Paulo tem o relatório em mãos, e prepara reportagens para os próximos dias? Dar o material antes (e, estrategicamente, de forma bem limitada) foi uma "vacina": se a notícia aparecer na TV, a turma do Serra poderá dizer "ah, mas isso aí até a "Veja" já deu...".

Por último, uma pergunta: "Veja" não vai brindar seus leitores com a parte do relatório da PF em que um de seus supostos jornalistas aparece na suposta planilha da Camargo Correia, lado a lado com um ex-secretário de Serra-Kassab?

De acordo com fontes desse Escrevinhador que viram o relatório da PF, o suposto jornalista teria - pelo menos - 50 mil motivos para defender as posições que defende - seja em seus textos na revista, seja em seus textos no blog que escorre pelo esgoto na internet.

50 mil motivos! Vocês acham que é muito ou pouco?

Aliás, um jornalista da "Veja" mostrava-se, já em 2009, muito preocupado com as investigações - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/castelo-de-areia-e-ilegalidades/

Obtive tais informações no " escrevinhador" leia lá tbm

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Isso é investir na eduação.


vale coxinha!!!

Segundo dados divulgados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, o governo federal triplicou o orçamento destinado à educação que saltou de 17,4 bilhões em 2003 para R$ 51 bilhões em 2010.

Isso foi possível porque o aumento de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) foi todo destinado à educação básica.

Outro dado importante extraído dos novos números fornecidos pelo governo: a diferença entre investimento para os ciclos básico e ensino superior diminuiu de 11 vezes em 2000 para 5,6 vezes em 2008, o que é muito próximo do patamar da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países ricos.

Tais dados a meu ver nos oferece elementos para questionar alguns argumentos falaciosos de conservadores na grande mídia que vivem afirmando que ações afirmativas não faz sentido, porque primeiro é preciso investir em educação básica. Ora de posse desses dados é possível perceber que o governo federal está investindo em todos os níveis de educação e resolvendo distorções.


Em termos de percentual de investimento por aluno cuja média é 25% (em relação ao PIB), o Brasil ainda não alcançou a meta estabelecida pela OCDE. Mesmo assim, houve crescimento de 4,5%: em 2002 o percentual era de 14,5% e ,, em 2008, subiu para 19%.

Para ver outros dados comparativos acesse o doc.


Fonte dos dados: MEC

PS. No portal do MEC os leitores encontrarão também o anúncio do Ministério do Planejamento que autorizou a abertura de concursos públicos para quase 22 mil vagas para professores e técnicos em instituições federais (universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia).

Gov. Zezinho contrata Gilbertinho da Vila para combater Loira do Banheiro


Sempre preocupado com a melhoria da educação paulista, o Mais Preparado dos Brasileiros, o gov. Zezinho, resolveu intensificar o combate à maior das causas do fracasso escolar de umas poucas crianças remelentas alunas da rede pública estadual.

Para dar cabo de tão nobre fim, o Presidente de Nascença organizou uma cruzada contra o maior inimigo da educação paulista, a Loira do Banheiro (PT-SP). Segundo o Secretário de Educação e Assuntos Gráficos, o sr. Paulo R. Gates de Souza, esse infame ectoplasma vermelho tem despertado pavor nas crianças, fazendo com que não consigam se concentrar nos estudos. Com isso, nem mesmo as revolucionárias apostilinhas da gráfica Plural, entregues aos regiamente remunerados professores paulistas, conseguem que essas crianças mantenham o mesmo desempenho escolar de primeiro mundo da maioria de suas coleguinhas.

A perseguição ao gov. Zezinho pela Loira do Banheiro já é antiga, e remontaria, segundo a tia Carmela, ao uso indevido da imagem da terrível fantasminha nada camarada pelo menino Zezinho nos tempos da Mooca (veja comentário da tia Carmela abaixo). Há alguns anos, a petista das cloacas escolares travou áspero debate público com o Maior dos Brasileiros, dirigindo-lhe injuriosas palavras que revoltaram o Brasil:

Para combater essa petista infiltrada no meio educacional, inicialmente o Maior dos Próceres da Educação Nacional tentou usar policiais infiltrados no além, usando a bem sucedida experiência com a greve dos professores. Contrataram-se, os médiuns da Associação Médius Reunidos para o Desenvolvimento Escolar (MERDESCOLA), OSCIP criada para esse fim e dirigida pela prima de um tio do irmão de um figurão tucano e pelo cunhado do sogro de um tio-avô do dono de uma empresa jornalística.

Apesar de terem recebido cerca de R$ 3.725.222,74 , os funcionários da prestigiosa organização filantrópica não conseguiram que nenhum espírito de policial convencesse a Loira do Banheiro a parar de importunar as criancinhas paulistas. Mesmo assim, a MERDESCOLA recebeu renovação do contrato para novas tentativas, porque o Mais Brilhante dos Brasileiros não quis desapontar os amigos.

Sempre ágil, como todo grande gestor, o Mais Competente dos Homens Públicos então resolveu acionar o maior educador da Vila Madalena, Gilbertinho da Vila. Sempre filantropo, Gilbertinho da Vila criou uma associação especialmente para a nova tarefa, a Associação Aprendizes de Caça-Fantasmas da Vila Madalena. Generoso e desapegado dos bens materiais, aceitou ser contratado pelo mesmo e irrisório valor de R$ 3.725.222,74.



Gilbertinho da Vila produziu panfleto alertando contra os perigos da Loira do Banheiro para a educação.
O novo responsável pelo combate à Loira do Banheiro não hesitou em rapidamente começar seu trabalho. Convocou seus amigos a um jantar em um modesto bistrô da Vila Madalena para discutir as possibilidades de lançar uma campanha de esclarecimento junto às crianças de um bairro da periferia da Zona Sul da Capital, para ensiná-las que não é preciso ter medo da Loira do Banheiro porque o mundo é bonito, florido e todos se ajudam.

Os amigos de Gilbertinho da Vila, pessoas simples e antenadas com causas sociais, aceitaram fazer um mutirão de esclarecimento em duas escolas públicas do bairro, e já pediram inclusive autorização aos traficantes que controlam o bairro.

Também está sendo organizado um show do Palavra Cantada na Praça do Pôr do Sol, no qual as crianças com medo da Loira do Banheiro que morem no Capão Redondo e no Jardim Ângela terão entrada gratuita. Sempre sensível às necessidades das crianças pobres, Gilbertinho da Vila teve o cuidado de providenciar que sejam vendidos gelinho e picolé Brasinha, pois sabe que as crianças pobres não terão dinheiro para pagar o Häagen-Dazs.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Serra e Alckim mandam, nas entre linhas, "pagadores de pedágios" paulistas "se danarem"




Tá no blog: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com

Durante entrevista na Agrishow, na quarte-feira, Aloizio Mercadante, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, afirmou que o maior problema do Estado são os pedágios exorbitantes nas rodovias paulistas.

Mercadante afirmou que é possível reduzir o valor do pedágio, como fez o governo federal. Enquanto a margem de lucro nas concessões demo-tucanas é de mãe para filho: 20%; o governo federal fez licitação com margem de lucro de 8% (valor próximo à uma taxa de juros de uma aplicação financeira de longo prazo).

José Serra visitou a Feira de tarde (ele não acorda cedo, e foge de compromissos pela manhã), ao lado de Geraldo Alckmin, e foi questionado sobre as críticas aos pedágios abusivos, tanto da gestão de Serra, como na de Alckmin.

Serra respondeu com arrogância: "Eu não comento as críticas deste personagem" - desdenhando do cidadão paulista que sofre para pagar os pedágios.

Alckmin repetiu Serra: "Deixa ele falar, eu não vou comentar". - mandando os "pagadores de pedágios" paulistas "se danarem"

Eiiiiiiiiiiiiiiita... tenho dó dos palmeirenses

Viva nossa elite subsubdesenvolvida



Tá lá no Tijolaço.

Os jornais brasileiros passaram o dia diminuindo o tamanho da notícia da Time que apontava Lula como o líder mais influente, até ao ponto de criar uma confusão tal que, como me advertiu um leitor, a própria revista americana tirou a numeração de sua lista, embora o mantivesse no topo, porque a escolha é subjetiva, por parte de seus editores.

Vamos ver, porém, como são as notícias na mídia internacional, tema para o qual me chamou a atenção o comentarista Ademar Henrique, que copiou os textos em várias intervenções aqui, anexando os textos.

Vou colocar apenas os títulos e os links no Google News:

Agência France Press:
Lula es la personalidad más influyente del mundo, según Time
Europa Press:

Lula da Silva, líder más influyente del año

Agência EFE e Jornal ABC (Espanha)

Lula da Silva elegido la persona más influyente del mundo

E por aí vai. Veja na página de comentários do outro post, clicando aqui, o excelente clipping da imprensa intenacional que o Ademar realizou. Não preciso repetir aqui.

Mas vou colocar um que ele não vai botar, aposto. É do Bangkok News, da Tailândia:

Gaga, Clinton, Lula top Time’s influence list

Viva a imprensa brasileira, que fez o que põde para desmerecer um reconhecimento da importância, nem tanto de Lula, mas que o Brasil pode ter no mundo, se não viver de joelhos.

Por isso, como homenagem às nossas elites mentalmente subdesenvolvidas, coloco em vídeo um trechinho da Canção do Subdesenvolvido, de Carlos Lyra e Francisco de Assis, uma sátira brilhante, feita nos anos 60.

Pronunciamento do Homem Mais Influente do Mundo




créuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Chupa que é de uva





Deu no blog do Esquerdopata:

Quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche. Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho das classes trabalhadoras da América Latina – na verdade, um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores – que já havia sido preso por liderar uma greve.


Quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o levou à política, em primeiro lugar? Foi sua experiência pessoal de como os brasileiros têm que trabalhar duro para sobreviver? Foi ter sido forçado a abandonar a escola depois da quinta série para sustentar sua família? Foi ter trabalhado como engraxate? Foi ter perdido parte de um dedo em um acidente de trabalho?


Não. Foi quando, aos 25 anos, viu sua esposa, Maria, morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, porque não podiam arcar com cuidados médicos decentes.


Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: dêem ao povo boa assistência médica, e ele causará muito menos problemas.


E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula – ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano – é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo.


O que Lula quer para o Brasil é o que costumávamos chamar de sonho americano. Nós, nos EUA, em compensação, onde o 1% mais rico possui mais do que os 95% mais pobres somados, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente se tornando mais parecida com o Brasil.

Eles tentam, tentam e tentam


Olhe, atente bem para as capas destas vejas, usamos para limpar as fezes dos nossos filhotes caninos. É realmente o PIG ( partido da imprensa golpista ) estão ficando desesperados, agora estão pondo o Srº serrote como belo administrador...Póde ?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PROFESSOR – UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO




Por Verônica Dutenkefer (20/06/2009)

Esse texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo.

Desabafo de uma profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisará trabalhar (por mais que ame muito o que faz).

Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante seja: O que será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país????

Constantemente, ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais proclamarem a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos, evidentemente.

Questionamentos:

Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho se ele precisa ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos, socorrer seu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar várias aulas para se trabalhar os bons hábitos, na tentativa vã de se formar cidadãos mais conscientes e de melhor caráter?

Nos cursos de formação nos é passado constantemente a recusa de um programa tradicional e conteudista, mas nossas avaliações de desempenho das escolas, nossos vestibulares e concursos públicos ainda são tradicionais e nos cobram o conteúdo de cada disciplina.

Como pode num país.....num estado...num município haver regras tão diferentes entre a rede particular e pública?

Na rede particular as escolas continuam conteudistas, há a seriação com reprovação, a escola pode suspender ou até mesmo expulsar um aluno que não esteja respeitando as regras daquela instituição.

A rede pública vive mudando o enfoque pedagógico (de acordo com o partido que ganhou as eleições), é cobrado cada vez menos do aluno, não se pode fazer absolutamente nada com um aluno indisciplinado que até mesmo coloca em risco a segurança de outros alunos e funcionários daquela instituição.

Dia a dia... minuto a minuto... os professores são alvos de agressões verbais e até mesmo físicas pelos alunos. A cada dia somos submetidos a níveis de stress insuportáveis para um ser humano.

Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado + sermos responsáveis pela segurança física de nossos alunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos + assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai ......

E, quando ameaçados de morte, se recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos: “Isto não vai adiantar nada!”

Meus bons alunos presenciam o mau aluno fazendo tudo o que não pode ser feito e não acontecendo nada com ele. É o exemplo da impunidade desde a infância..

Meus bons alunos presenciam que o aluno que não fez absolutamente nada durante o ano, passou de ano como ele, que se esforçou e foi responsável.

Houve um ano que eu tinha um aluno que era muito bom. E ele começou a faltar muito e ir mal na escola. Os colegas diziam que ele ficava empinando pipa ao invés de ir pra escola. Um dia, tive uma conversa com ele, e perguntei o que estava acontecendo? E ele me disse: “Prá que eu vou vir prá escola se eu vou passar de ano mesmo assim?”

Então eu procurei aconselhar (como faço com meus alunos até hoje) que ele devia frequentar a escola, não para tirar notas boas nas provas ou passar de ano. Ele deveria vir à escola para aumentar seu conhecimento que é o único bem que ninguém poderá roubar.Que a escola iria ajudá-lo a aprender e trocar conhecimentos com os outros e ajudá-lo a dar uma melhor formação na vida..

Depois dessa conversa ele não faltou mais tanto... mas nunca mais voltou a ser o excelente aluno que era.

Qual a motivação de ser bom aluno hoje em dia?

Seus ídolos são jogadores de futebol que não falam o português corretamente e que não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros. Ensinando que não é necessário haver respeito às autoridades e aos outros.

Ou são dançarinas que mostram seu corpo rebolando na televisão e pousando nuas para ganhar dinheiro.

Para quê eu me matar de estudar se há tantas profissões que não são valorizados e nem respeitadas? ??

Conheci (e ainda conheço e convivo) ao longo de minha carreira na escola pública, inúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais. Que possuem um conhecimento e formação excelentes, mas que estão desgastados e quase arrasados diante da atual situação educacional.

Li há poucos dias, num artigo que os cursos de filosofia, matemática, química, biologia e outros todos ligados à área de magistério não estão tendo procura nas universidades.

Lógico!!!!!Quem é que quer ser professor??? ??????

Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total desvalorização e respeito, mas também pela falta de segurança que estamos enfrentando nas escolas?

Fiquei indignada com uma reportagem na TV (que, aliás, adora fazer reportagens sensacionalistas colocando o professor sempre como vilão da história) em que relatava que numa escola um aluno ameaçava os outros com um revólver e, num determinado momento, o repórter perguntou: “Onde estava o professor que não viu isso??!!”

E agora eu pergunto: “O que se espera de um professor (ou de qualquer ser humano), que se faça com uma arma apontada pra você ou pra outro ser humano??? Ah...já sei...o professor deveria enfrentar as balas do revólver!!!! Claro!!! As universidades e os cursos de aperfeiçoamento de professores não estão nos ensinando isso..

Vocês têm conhecimento de como os professores de nosso país estão adoecendo??? ?

Vocês sabem o que é enfrentar o stress que a violência moral e física tem nos submetido dia a dia?

Você sabe o que é ouvir de um pai frases assim:

“Meu filho mentiu, mas ele é apenas uma criança!”

“Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!”

“Você está passando muita lição para meu filho, e ele é apenas uma criança!”

“Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou.”

“Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!”

Classes super lotadas, falta de material pedagógico, espaço físico destruído, violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que eles recebem e, muitas vezes, não valorizam (afinal eles não precisam fazer absolutamente nada para merecê-los), brigas por causa do “Leve-leite” (o aluno não pode faltar muito, não por que isso prejudica sua aprendizagem, mas porque senão ele não leva o leite.)

Regras educacionais dissonantes de acordo com a classe social dos alunos.

Impunidade.

Mas a educação não vai bem, por causa do professor..

Encerro esse desabafo com essa pergunta que li há poucos dias:

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

segunda-feira, 26 de abril de 2010




Como tenho saudades da minha infância no RJ, estou agora embriagado de tanto corrigir as avaliações dos alunos. JESUS

Direito dos presos à educação mais perto de ser respeitado




Deu no fazendo média
Por Raquel Júnia, 19.04.2010


O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, em março, as diretrizes nacionais para oferta de educação a jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos prisionais. Apesar de ser um direito assegurado inclusive na Lei de Execuções Penais, até o momento, a educação nas carceragens não tinha uma orientação nacional. Dessa maneira, segundo a análise expressa no próprio parecer do CNE, relatado pelo conselheiro Adeum Sauer, a oferta sempre foi precária e improvisada, com número de vagas insuficiente para atender a demanda.


De acordo com dados apresentados por Sauer, no parecer pela aprovação das diretrizes, 11,8% da população carcerária é analfabeta e 66% não concluiu o Ensino Fundamental. “O tempo que passam na prisão (mais da metade cumpre penas superiores a nove anos) seria uma boa oportunidade para se dedicar à educação, sobretudo quando a maioria (73,83%) são jovens com idade entre 18 e 34 anos. Mas o aproveitamento de tal oportunidade ainda não se deu. Apenas 10,35% dos internos estão envolvidos em atividades educacionais oferecidas nas prisões”, salienta.

As diretrizes para educação nas penitenciárias foram pensadas para dar conta de toda esta provável demanda e preencher o vazio normativo existente no país quanto ao tema. De acordo com as definições aprovadas pelo Conselho, o financiamento da educação nas unidades prisionais deve ser garantido exclusivamente com recursos públicos, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para Mariângela Graciano, da ONG Ação Educativa, que acompanhou de perto a discussão das diretrizes, a garantia de que as escolas prisionais obterão financiamento das esferas governamentais é um dos pontos mais importantes do que foi aprovado, já que historicamente estes recursos são provenientes de filantropia. Ela explica que a oferta em modalidade Educação de Jovens e Adultos também é um passo importante, já que é inerente a este tipo de curso uma proposta curricular diferenciada, que visa contemplar as especificidades do público a qual se destina.

A educadora destaca outros avanços do parecer, como a responsabilidade das secretarias estaduais de educação pela gestão do ensino, e a possibilidade de controle social desta política por parte da população, uma vez que os dados sobre a oferta do ensino nos presídios devem ser publicizados em relatórios periódicos. Outro destaque é a necessidade de que haja sempre chamada pública para as aulas, ou seja, a população carcerária deve tomar conhecimento de que as turmas estão iniciando as atividades para poderem se matricular, se assim desejarem. “Outro ponto positivo é a oferta da educação em todos os turnos. Hoje, muitas vezes, só são oferecidas aulas durante o dia e quem trabalha não pode estudar”, acrescenta.

Para o coordenador geral de reintegração social e ensino do Departamento Penitenciário Nacional (Depen/MJ), Marcus Rito, a aprovação das diretrizes também representa um grande avanço. Ele explica que houve um amplo processo de discussão antes que este parecer fosse aprovado, com realização de audiências públicas e encontros temáticos. “As diretrizes vão ao encontro do que já está garantido na Lei de Execuções Penais, que é o direito do preso de estudar. E são um resumo geral dos anseios da sociedade civil”, declara.

Rito lembra que outro aspecto importante contemplado nas resoluções aprovadas é a padronização do calendário escolar em todas as instituições. A medida pode facilitar a continuidade do estudo do preso, mesmo que ele seja transferido de penitenciária.

A coordenadora do programa de pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) , Marise Ramos, avalia que o parecer tem o mérito de reconhecer a educação como um direito de todos, inclusive das pessoas em situação de privação de liberdade. Entretanto, a professora identificou no documento dois aspectos que caem no que ela considera um equívoco, que é a visão idealizada da “educação como redentora” e um “lastro economicista” , que atribui à educação, por meio da qualificação profissional, uma capacidade de garantir a entrada do presidiário no mercado de trabalho.

“O documento apresenta uma visão redentora porque aposta que a educação dá conta sozinha da formação de novos valores éticos e morais, e isso não é verdade, porque esses valores são produzidos pela sociedade, já que não é possível separar o problema ético e moral das desigualdades sociais”, explica.

Marise lembra que um ex-presidiário enfrenta um grave problema, que é a discriminação associada à sua condição de classe e que, portanto, não é fundamentalmente a qualificação profissional que vai garantir que ele encontre lugar no mercado. “O Arruda (ex-governador do Distrito Federal), por exemplo, ficou preso dois meses e com certeza terá um lugar para ele fora da prisão. É a sua origem de classe que garantirá a sua reinserção. Já um ex-presidiário pobre, ainda que tenha qualificação profissional, vai enfrentar muito mais dificuldades para ser reinserido”, argumenta.

O parecer ainda precisa ser homologado pelo Ministério da Educação, o que, de acordo com o próprio CNE, deve acontecer em breve, já que a iniciativa de elaboração das diretrizes partiu do próprio MEC, em conjunto com o Ministério da Justiça. Assim que o documento for homologado, as diretrizes já passam a valer como normas gerais de conduta para a educação nos estabelecimentos prisionais. O parecer voltará então ao CNE, que publicará o projeto de resolução que o acompanha e o encaminhará para publicação também no Diário Oficial. Caberá, então, a cada sistema (secretarias municipais e estaduais e conselhos de educação), como determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), detalhar como as diretrizes serão implementadas em cada estado.

Desafios

Pelos dados de 2009 do Depen/MJ destacados no parecer do CNE, o Brasil possui 469.546 presos, distribuídos em 1.771 unidades penais do país. Estima-se que de cada 100 mil habitantes no Brasil, 247 estão encarcerados. “A população carcerária no Brasil cresce de forma assustadora. Nos últimos nove anos (2000 a 2009), esse contingente aumentou 101,73%, saltando de 232.755 internos (dados de 2000) para 469.546 (dados de 2009)”, destaca o conselheiro Adeum Sauer.

Na opinião de Mariângela Graciano, a prioridade do poder público neste momento deve ser produzir dados sobre a demanda real por educação nos presídios, já que não há informações sistematizadas neste sentido. Outro grande desafio é exigir que as diretrizes sejam implementadas e de fato seguidas.

Para Marcus Rito, é preciso também sensibilizar os operadores das prisões sobre a importância da educação. Além disso, garantir as condições estruturais mínimas para o processo educacional, necessidade também apontada pela pesquisadora da Ação Educativa.

Na prática, entretanto, a realidade está longe de ser satisfatória, como garante o próprio coordenador do Depen/MJ. “O esforço é para que as novas unidades que sejam construídas já estejam de acordo com as diretrizes aprovadas”, diz. Com relação às penitenciárias antigas, Rito acrescenta que pode haver iniciativas de reforma e adequação de espaços, e ainda de desativação de unidades que não apresentem as condições necessárias, mas que essas mudanças dependerão das administrações estaduais. “Dos estados que solicitam apoio do governo federal para as penitenciárias, nós exigimos que tenham as condições físicas que acreditamos serem essenciais para a ressocializaçã o das pessoas”, explica.

De acordo com Marcus Rito, o governo federal vem tentando fomentar o desencarceramento, com assistência jurídica necessária para que os processos sejam revistos e as pessoas que tenham direito a progredir de pena dentro dos limites legais possam fazê-lo. A medida, conforme argumenta Rito, pode gerar mais espaço nos presídios. Entretanto, ele destaca que hoje existe um déficit de 180 mil vagas no sistema penitenciário, o que torna as iniciativas para geração de espaço inexpressivas diante da necessidade.

Apesar das políticas que o governo federal afirma estar tentando implementar para diminuir o número de encarcerados, o número de presidiários vem crescendo vertiginosamente, como afirma o parecer do CNE. E, ao mesmo tempo o governo está ampliando o número de vagas nas penitenciárias. De acordo com os dados do Depen, de 2004 para cá, sete penitenciárias foram construídas no país com verbas federais. Outras cinco foram reformadas, ampliadas ou recuperadas. Mais 120 obras de construção, ampliação, reforma estão em andamento ou já tiveram recursos liberados. “O que se luta é para que cada vez mais esta taxa de crescimento da população carcerária seja menor. Mas mesmo com todo o esforço dos governos federal e estadual, esta massa carcerária tem aumentado. Significa que se não houvesse estes esforços, a massa carcerária seria muito maior”, diz Marcus Rito.

PL garante salas de aula

Recentemente, um projeto de lei (PL 3442/08), de autoria do senador Cristovam Buarque, que autoriza a criação de salas de aula nos presídios, foi aprovado na Câmara dos Deputados e aguarda sanção do presidente da república. Rito destaca que o projeto é bem intencionado, mas que, em tese, nem precisaria existir, já que a Lei de Execuções Penais já garante que as unidades prisionais devem ter espaços destinados à educação.

*Reportagem publicada originalmente no sítio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz

sábado, 24 de abril de 2010

Sim nós podemos




Sim galera nós podemos !!!!!
A derrota deste cretino serrote já esta a caminho.

O leitor menos habituado com o mundo jornalístico talvez nem saiba: todas as redações de jornal, TV ou rádio possuem um departamento de "rádio-escuta".

São profissionais que passam o dia escutando o que as emissoras de rádio e TV publicam sobre todos os assuntos; e fazem relatórios para os chefes: "A Jovem Pan deu entrevista com o delegado do 36 DP"; "o SBT conseguiu ouvir o traficante do morro do Borel"; "a Dilma deu entrevista pro Datena".

É um serviço importante para orientar os chefes de redação. Pra saber de onde virão os furos. E para correr atrás da bola antes que seja tarde demais.

O curioso é que na internet a rádio-escuta é feita pelos leitores. É um serviço gratuito e eficiente.

Por exemplo: o leitor Mirabeu Leal (um ágil rádio-escuta) informa que a jornalista Eliana Cantanhêde (aquela, da "massa cheirosa" na convenção do PSDB) fez, na rádio CBN, uma grave denúncia contra blogueiros (que ela esqueceu de nominar): "EU APANHO DELES. ENTÃO, A GENTE FICA APANHANDO, APANHANDO...".

É tanta surra (segundo a jornalista) que Mirabeau chega a perguntar se a "cheirosa" não vai procesar os blogueiros, com base na Lei Maria da Penha.

O comentário da jornalista "cheirosa" - como diz o Mirabeu - foi feito durante um programa da CBN para discutir a campanha eleitoral na internet.

A CBN (do Sistema Globo de Rádio), como se sabe, é uma rádio imparcial e independente. Sem qualquer ligação com o Serra!

E a Eliane, também, como se sabe, não tem qualquer ligação com marqueteiros tucanos.

O link para o programa da CBN está aqui - http://cbn.globoradio.globo.com/playlist/asx.php?audio=2010%2Fcolunas%2Fnoticiaemfoco_100419. A frase sobre a surra está aos 32´30, aproximadamente.

Quanto à jornalista, acho que ela se leva muito a sério. Na verdade, no episódio da "massa cheirosa" (http://www.rodrigovianna.com.br/videos/o-psdb-e-a-massa-cheirosa ) ela não "apanhou". Foi tratada como piada. Só isso.

Pelo relato que Mirabeu nos faz (confesso que não tive tempo de ouvir todo o programa), a CBN e seus cheirosos passaram um recibo danado: estão preocupados com o contraponto oferecido pela internet.

Como comentei outro dia: eles tem o exerrcito convencional, nós fazemos guerrilha.

Não devemos subestimar o poder de fogo (ainda imenso) do PIG. Mas podemos registrar: eles estão incomodados. Isso estão. Com certeza.

E vão continuar apanhando, apanhando, apanhando...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Brasil é campeão de robótica. Para quem menospreza o Brasil, é um horror !





Saiu no Blog do Nassif:

Brasil vence campeonato de robótica

Por Alberto Porém Jr.

Coisas que emocionam…

Como diria um bom gaúcho: “Isso é tri-legal!”

PARABÉNS ao time Brazilian Buddy XI, do Colégio Província de São Pedro, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Do Terra

Brasil conquista campeonato de robótica nos EUA

O campeonato mais importante de robótica do mundo, o FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), teve como vencedora a equipe do Colégio Província de São Pedro, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

As disputas aconteceram nos dias 1º, 2 e 3 de abril na cidade de Hartford, no estado de Connecticut. O time Brazilian Buddy XI se destacou pela eficiência com a qual realizou as tarefas, onde o robô precisava dominar bolas de futebol, chutá-las na direção das goleiras, atravessar obstáculos similares a quebra-molas e ainda pendurar-se em uma torre de ferro ao final da partida.

A equipe encerrou o campeonato como recordistas nessa pontuação, dos chamados Hanging Points. O #383 Team, também levou o prêmio técnico mais importante da competição, o Industrial Design sponsored by General Motors. A locução oficial do evento anunciou com entusiasmo o desempenho do robô brasileiro: “poderíamos esperar que os brasileiros fossem bons com bolas de futebol, mas tanto assim está surpreendendo a todos nós”.

Os gaúchos já haviam conquistado no final de semana passado o vice-campeonato na Regional de Boston. O #383 Team faturou também o prêmio Entrepreneurship Award Sponsored by Kleiner Perkins Caufield and Byers que celebra o espírito empreendedor com que a equipe se distingue de todas as outras, supera seus desafios e mostra resultados sempre positivos em sua história na competição.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

45 este é o nº



Este serrote é muito chato, agora aparece com seu sorriso colgate dizendo que seu tripé sustentado por muleta, "só se for" será educação, segurança e saúde, faça-me o favor, só dando risada na cara deste patife. Serra vai te catar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Isso é sério

Olá recebi a pouco esse informe do companheiro Paulo neves e socializo para todos e todas

joao carlos

SÃO PAULO, 15 DE ABRIL DE 2010

COMUNICADO URGENTE





REPOSIÇÃO DE AULAS





A Secretaria de Educação informou à diretoria da APEOESP na manhã de hoje, quinta-feira, 15, que o governador Alberto Goldman concordou com o parcelamento do desconto dos dias da greve. No final da tarde de hoje a SEE deve encaminhar a proposta por escrito, inclusive com o detalhamento. Aguardem novas informações.







Diretoria da APEOESP

A dura vida de gado dos professores




Os professores de Santana de Parnaíba, poderiam ter o brio e a coragem dos professores da prefeitura de Osasco, que conseguiram aumento através de greve e paralização, estão conseguindo também seus benefícios do fundeb e fundef atrasados. Parabéns meu povo.

Já em Santana!!! O povo vive com medo e acuado, pois o sindicato é patronal e a Apeosp da Srtª Bebel não consegue adentrar no município, e os professores com medo de enfrentar seus diretores e coordenadores, estes com cargos indicados, se esquecem que já foram peão ( chão de fábrica, digo de escola ) e agora maltratam e não ajudam em nada seus colegas, com incetivo. "Bundões" " tanga Frouxa ". Chego a ter ojeriza desta prefeitura que tanto trata mau seus funcionários...Como gostaria que o CQC viesse aqui também.
Saudades de Peruíbe viu.

E os professores de Santana de Parnaíba...

O asno (Equus asinus), chamado ainda de burro, jumento, ou jegue, é um mamífero perissodátilo de tamanho médio, focinho e orelhas compridas, utilizado desde tempos pré-históricos como animal de carga.

Sua origem está ligada a Abissínia, onde era conhecido como onagro ou burro selvagem. Há séculos que é feito o cruzamento entre burro ecavalo, de que resulta um híbrido denominado muar ou mu, com características de ambas as raças

O macho (ou mulo) é o indivíduo do sexo masculino resultante do cruzamento de um burro com uma égua, Equus caballus. O animal fêmearesultante do mesmo cruzamento é chamado mula. Entretanto, o cruzamento das mesmas espécies porém invertidos os sexos (portanto cavalo e jumenta), dá origem a um animal diferente, o bardoto. Estes híbridos são quase sempre estéreis devido ao fato do cavalo possuir 64cromossomos, enquanto que o jumento possui 62, resultando em 63 cromossomos.



Como fazer um burro andar para a frente?

A melhor forma de manter fazer um burro andar pra frente é utilizar a motivação “Cenoura e Chicote”.

Essa mesma técnica motivacional pode ser utilizada também com outros animais e crianças de até 03 (três) anos, desde que realizadas as devidas adaptações.

1. Tape os olhos do burro com viseiras para ele não ver nada a sua volta pois ele se dispersa com facilidade;
2. Na frente da vista do burro, coloque uma cenoura bem bonita para que ele acredite que possa alcançá-la;
3. Se ele não começar a andar, lasque uma chicotada no seu lombo (não faça essa parte com crianças);

Se nem isso der certo, descarte o burro e tente com outro.

Porque é bom ter um burrinho?

Ele quase não possui necessidades. Não precisa de muita água e nem de muita comida. Não emites ruídos significativos como latidos ou grunidos. Não reclama quando algo o incomoda.

Porque é ruim ter um burrinho?

Como ele não reclama, então quando ele não aguenta mais ele simplesmente empaca ou morre. Se mostrarem pra ele uma Cenoura mais suculenta que a sua, ele provavelmente caminhará na direção da outra cenoura.

Ele nunca experimentará outro caminho, que não seja seguir a Cenoura.

Ele nem é tão resistente quanto um Camelo, nem tão veloz quanto um Cavalo ou tão forte quanto um Elefante.

Eu nunca vi um burro sendo campeão em nada. Nem em corridas. Nem em nada.

Pensem nisso.
Abraço

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vc é enganado e não percebe ? sorria !!! mané.

Tá lá no Conversa Afiada


A pesquisa Sensus divulgada hoje mostra o que todo mundo, menos do Data-da-Folha, já sabia: a Dilma chegou lá.

Clique aqui para ler “A Dilma chegou lá; que está comprovado: o Serra dispara e fica no mesmo lugar”.

O jornal nacional não falou da Sensus.

Até agora, o jornal nacional sempre divulgou as pesquisas em que o Serra estava na frente.

A omissão de hoje demonstra que os “jornalistas” da Globo são muito disciplinados.

O jornal nacional não quer prejudicar a operação em que o Serra agasalhou um trampo da Globo: transformou em escola técnica uma área que a Globo invadiu por 11 anos.

A(o) Globo perdeu a compostura.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: amigo navegante, quanto tempo o Zé Inacabado passou hoje no telefone para impedir a divulgação da pesquisa da Sensus ? Não fez outra coisa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PROSTITUTO DA EDUCAÇÃO



Olá, a greve acabou, não pegou como deveria, uma vez que este governo me trata como um verdadeiro Prostituto da educação, sim é sério me sinto usado e abusado pelo Srº Serra Goldman, uma vez que ele me paga mau, muito mau, me bate nas manifestações através de seus pau mandado( PM ) e ainda me discrimina e desmoraliza perante a mídia, só posso me sentir assim um Prosituto com letra maiúscula P, sim, para pelo menos eu me sentir valorizado uma vez que com este salário de fome onde eu faço meus bicos a noite na EE Suzana Dias ( Cajamar ) meus alunos me valorizam. Fiz a greve, serei descontado no fim do mês, ficarei devendo mais uma vez as Casas Bahia e o meu sindicato ( quase patronal, ou será ? )não vai me defender. Ah, as Prostitutas, bom pelo menos elas trabalham deitada e aturam um cliente de cada vez, ( desculpa a forma chula, é um desabafo e o blog é meu ), já eu tenho algo em torno de 960 alunos e trabalho de pé e haja garganta.
Para com isso mané.

Deu no blog do Altamiro Borges

O jornal Valor publicou recentemente matéria que deve ter irritado os filhos de Otávio Frias – os donos da Folha, do Datafolha e do próprio Valor – em parceria com as Organizações Globo. Ela informa que, de 1996 a 2009, a Folha perdeu 43% de seus leitores. No mesmo período, O Globo, dos filhos do Marinho, teve queda de 36%; e o Estadão caiu 23%. Os herdeiros estão afundando os impérios dos seus pais, que tiveram a sua fase áurea nos tempos da ditadura militar no Brasil.

O artigo é até razoavelmente honesto e consistente. Ele tenta apontar as causas da decadência dos jornais impressos. Mostra que a internet causou a migração de milhões de leitores; que a recente crise capitalista afetou as empresas tradicionais, que cortaram gastos e pioraram a qualidade dos conteúdos; e que, na contracorrente, há um crescimento dos jornais populares e gratuitos. Estas causas são reais e geram fortes abalos na mídia impressa do mundo todo.

A crise mundial da indústria de jornal

Há poucos dias foi divulgado o relatório “Estado da Imprensa”, publicado anualmente pelo Pew Project for Excellence in Journalism. Ele comprova que a situação da mídia impressa mundial é dramática. Como apontou Carlos Castilho, num artigo no Observatório da Imprensa, “o relatório de 2010 está carregado de pessimismo, a ponto de prever que os jornais norte-americanos têm um prazo até 2013 para achar um novo modelo de negócios”. O risco é de se tornaram inúteis!

Já o Instituto Poynter, da Flórida, estima que a indústria de jornal perdeu 30% de sua capacidade produtiva, avaliada em US$ 1,6 bilhão, desde 2000. E a firma Veronis Suhler Stevenson calcula que, em 2013, a mídia dos EUA deve faturar 43% a menos do que em 2006. “É uma queda assustadora e que fica ainda mais preocupante quando se leva em conta que a tiragem média dos jornais norte-americanos caiu 25,6% desde o ano 2000 e que aproximadamente 14 mil jornalistas ficaram desempregados desde 2007”, conclui Castilho.

A perda de credibilidade dos jornais

Neste sentido, a grave crise da mídia impressa tem fortes razões objetivas. Mas o artigo do Valor peca ao não tratar também das causas subjetivas. Ele isenta os barões da mídia de qualquer culpa pelo vertiginoso declínio. Nem daria para esperar outra atitude do jornalista, que poderia colocar o seu emprego em risco. Vários estudos, porém, têm demonstrado que há uma sensível perda de credibilidade dos jornais tradicionais. O próprio êxodo para a internet deriva da queda dos meios unidirecionais, com os leitores procurando fontes alternativas de informação e entretenimento.

Pascual Serrano, um dos criadores do sítio Rebelión, não vacila em afirmar que a atual declínio decorre de quatro fatores essenciais: “crise de identidade” (o público já não confia nos veículos, tendo constatado que eles mentem e ocultam a realidade); “crise de objetividade” (o mito da neutralidade sucumbe e a confiança no jornalismo despenca); “crise de autoridade” (a internet revela a capacidade das mídias alternativas de enfrentar o poder das corporações); e “crise de informação” (a dinâmica mercantilista provoca a perda de qualidade da atividade jornalística).

O PIG não presta, é um lixo

No mesmo rumo, Emir Sader conclui que “a crise da imprensa é da perda de credibilidade, é uma crise ética, de sua transformação num instrumento de publicidade, do ponto de vista econômico, e da sua constituição em mentor político e ideológico da direita. Os dados demonstram que todos os grandes jornais brasileiros perdem leitores e, sobretudo, perdem influência. Embora todos os maiores jornais e quase todas as revistas semanais – à exceção da Carta Capital – sejam de férrea oposição ao governo, este mantém 83% de apoio e eles conseguem apenas 5% de rejeição ao governo. Temos aí a uma idéia da baixíssima produtividade desses órgãos de oposição”.

Mais escrachado, o blogueiro Paulo Henrique Amorim festejou os dados recém-divulgados pelo Valor. Para ele, a reportagem só cometeu um erro. “Esqueceu-se da principal causa da acelerada decadência do PIG (Partido da Imprensa Golpista). O PIG não presta... O PIG é um lixo”.

Tá lá no Tijolaço




O ex-teleministro Helio Costa ficou mordido com a brincadeira de Dilma Roussef sobre o voto “Dilmásia”, uma eventual composição feita pelos eleitores no voto Dilma para presidencia e Antonio Anastasia (PSDB) para governador. Chegou a “ameaçar” com o voto “Serrélio”.

E alguém tem dúvida que haverá o “Serrélio”, tanto quanto haverá o “Dilmásia”?

Hélio Costa não empresta apoio a Dilma. É o contrário. Costa, como Jobim, é um serrista no Governo e só não está na campanha do ex-governador de São Paulo porque precisa do prestígio de Lula.

Mas sabota o que pode ser um dos grandes avanços do Governo Lula, que é o plano nacional de banda larga.

Quem sabe ele procura o voto Telélio, ou o Heliofônica?

O jogo de chantagem de Costa é primário e ninguém acredita nele. É ele que está pendurado e Dilma, e não o contrário.

Deu no Escrevinhador




A campanha de 2010 não terá espaço para Dilminha paz e amor.

Serra também não vai vestir a fantasia de bom moço - que nem ficaria bem a ele.

Essa será uma campanha acirrada, virulenta.

O documento apresentado pela direção do PCdoB, no momento de formalizar apoio a Dilma nessa quinta-feira, explicita isso de forma cristalina. É didático, ao falar dos dois campos em disputa:

"A aliança de partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos, liderada pelo presidente Lula versus legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC que levou o Brasil à estagnação e até mesmo à decadência.

(...)

Com o apoio descarado do monopólio midiático, essa oposição de passado fracassado e de futuro temerário se lança para a qualquer preço tentar reaver o governo.


Neste embate não há meio termo. Seu resultado ou garantirá a continuidade do ciclo político virtuoso aberto pelo presidente Lula, ou será o retrocesso com o retorno daqueles que arrasaram o Brasil."

É salutar que haja, em campo, gente disposta a chamar as coisas pelo nome. - sem eufemismos.

O documento do PCdoB cumpre bem esse papel.

Essa campanha será assim: sem meio termo.

Para desespero da midia tucana, que não quer comparações entre Lula e FHC.

Então, tá!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Poder do Educachão

PORTAL APRENDIZ – 07/04/2010
Avaliação negativa da educação condiz com falta de metas em SP

De um lado, a população da cidade de São Paulo (SP) avalia de maneira negativa a educação oferec ida pela rede municipal pública de ensino. De outro, a cidade não tem ou não cumpre suas metas. O levantamento é do documento “São Paulo em Indicadores e Metas”, lançado pelo Movimento Nossa São Paulo na última semana na capital paulista. A partir da nota média da população para cada um dos 11 itens educacionais abordados pelo Indicador de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem), o material estabeleceu relações entre os indicadores do Observatório Cidadão, as referências de metas propostas pelo Nossa São Paulo e o Programa de Metas 2009-2012, elaborado pela atual gestão municipal. Além de educação, a publicação também compara os dados d e outros 24 temas.

Deu no Escrevinhador


Peço atenção de vocês para esse texto, publicado no site "Rede PSDB":

"A candidata oficial erra ao voltar-se para o passado com o intuito de forjar uma revanche na disputa particular de FHC e Lula. Em seu primeiro discurso depois de deixar a Casa Civil, a candidata Dilma Rousseff insistiu na tentativa de comparar o atual governo com o anterior. Não se sabe o que pesa mais nessa estratégia enviesada, se a obsessão íntima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se medir com o antecessor Fernando Henrique Cardoso ou a percepção de que é mais vantajoso para a representante da situação transformar eleições que decidem o futuro do país em avaliação de fatos passados."

Parece trecho de um discurso de parlamentar tucano. Caberia perfeitamente na boca de Álvaro Dias ou Artur Virgílio. Certo?

Mas advinhem quem é o autor?

O trecho acima faz parte de um inacreditável editorial publicado esta semana pela cada vez mais inacreditável "Folha de S. Paulo" - http://rede.psdb.org.br/2010/04/07/chega-de-saudade/.

Reparem na construção do texto.

Primeiro, a deselegância, a tentativa desqualificadora: o jornal dos Frias tenta reduzir Dilma a "candidata oficial".

Depois, a arrogância: a Folha" decidiu que se trata de "estratégia enviesada" comparar os anos FHC com o governo Lula. Enviesada para quem?

A deselegância e a arrogância, na verdade, escondem o desespero.

A "Folha", já escrevi aqui, especializou-se em passar recibos em nome da oposição. Esse é mais um.

A estratéga petista de comparar Lula e FHC causa estragos fenomenais na oposição. Se a "Folha" - porta-voz de Serra - acha que a estratégia é "enviesada", podemos ter certeza: Lula e Dilma acertaram na mosca.

Vejam, um pouco mais adiante, o que diz o tal editorial: "É um exercício vão buscar comparações e escolhas plebiscitárias entre gestões que se encadeiam no tempo."

Parece piada, não?

A "Folha" decidiu que se trata de exercício vão comparar gestões. A "Folha" passa recibo.

Serra já trabalhou lá como editorialista, logo que voltou do exílio (exilio?). Deve estar chateado com os rapazes que ficaram no lugar dele a escrever editoriais. Podiam ser um pouco mais sutis. Assim, fica tudo muito claro.

As máscaras caem numa velocidade assustadora. É tudo muito didático.

Resta-nos agradecer a Otavinho.